Mãe usou sémen do filho morto e barriga de aluguer para se tornar avó

Para amenizar a dor da perda, esta mãe usou o sémen do filho que morreu de cancro aos 27 anos e uma barriga de aluguer para ter netos.

Para amenizar a dor da perda, Rajashree Patil usou o sémen do filho que morreu de cancro no cérebro aos 27 anos e uma barriga de aluguer para ter netos.

Contratada a barriga de aluguer – de uma mulher de 35 anos –, Rajashree Patil usou o esperma do filho, que não era, sequer, casado. A gestação acabaria por ser um sucesso e a mulher tornar-se-ia avó de gémeos, um menino (Prathamesh, como o pai) e  uma menina (Preesha, que significa ‘dádiva de Deus’).

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Rajashree Patil – empresária indiana – confessaria entretanto que a decisão foi a forma que encontrou para se «manter perto» do filho, que, em 2013, acabou diagnosticado com um tumor agressivo no cérebro de que viria a padecer três anos depois, já em 2016.

O sémen de Prathamesh tinha sido congelado e conservado, o que pressupõe que ele teria acordado com os planos da mãe. Após a sua morte e a contratação da barriga de aluguer, a ciência e a Natureza fizeram o resto, oferecendo a possibilidade a Rajashree de ser avó.

«Agora, tenho-o de volta», considera a mulher que usou o sémen do filho para se tornar avó

«Agora, tenho o meu filho de volta», disse Rajashree Patil à BBC. Rajashree não quis prolongar o luto pela morte do filho, Prathamesh, e decidiu usar o material genético dele para fazer a família crescer.

«Eu era muito ligada ao meu filho. Ele era um aluno brilhante e estava a terminar o mestrado quando foi diagnosticado com um tumor que já estava num estado avançado no cérebro», conta a agora avó.

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De acordo com o relato de Rajashree Patil, que usou o sémen do filho para se tornar avó, os médicos que assistiam Prathamesh sugeriram que se armazenasse o sémen antes do início do processo de quimioterapia e radioterapia. Estes tratamentos, altamente agressivos para o organismo, causam muitas vezes infertilidade.

O sémen foi utilizado para fertilizar um óvulo de uma dadora desconhecida in vitro. Prathamesh foi diagnosticado com tumor no cérebro em 2013 e morreu três anos depois. Os gémeos nasceram já este mês, a 12 fevereiro.

Médico considera «caso único», por tratar-se de «uma mãe entristecida que queria recuperar o filho a qualquer custo»

O médico Supriya Puranik, especialista em fertilização in vitro do hospital Sahyadri, onde o procedimento foi levado a cabo, considerou ter-se tratado de «uma simples ação de rotina».

Admitiu, todavia, que este caso era único, por esta mulher que usou o sémen do filho tratar-se de «uma mãe entristecida que queria a qualquer custo recuperar» o ente querido.

«Ela foi extremamente positiva durante toda a gravidez», disse ainda Puranik, sem querer adiantar mais pormenores sobre esta história que está a correr mundo.

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