Reino do Pineal: Investigada morte de bebé em seita em Coimbra

Morte de bebé de 14 meses faz disparar alarmes em relação à seita Reino do Pineal, instalada em Coimbra. Comunidade garante não ser ameaça para Portugal.

Reino do Pineal: Investigada morte de bebé em seita em Coimbra

Primeiro, foi a notícia de que Pione Sisto, jogador de futebol dinamarquês, de 28 anos, tinha adquirido 4,7 hectares de terreno em Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, para instalar uma seita que é liderada por Água Akbal Pinheiro, antigo chef de cozinha e agora líder espiritual. Soube-se também que o objetivo passa por tornar o Reino do Pineal independente de Portugal.

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Agora, surge a notícia da morte de um bebé de apenas 13 meses que terá ocorrido em 2022 na referida seita. Sabe-se que a Polícia Judiciária não foi ativada, mas que o Ministério Público já estará a investigar aquilo que terá acontecido. Existindo relatos que de que a criança, filha do líder espiritual da comunidade, nunca foi levada ao médico. E que terá sido cremada com as cinzas a serem atiradas ao rio Mondego.

Na comunidade vive uma mulher portuguesa

No Reino do Pineal vivem quase 40 pessoas. Várias são crianças e destaca-se a poligamia. Como o líder a ser pai de diversas crianças de mães diferentes. Escreve um jornal diário que o que despertou o alarme é o facto de o bebé não ter recebido quaisquer cuidados médicos. Isto apesar de estar doente. O que poderá ser um indicador da eventual existência de mais crianças em perigo de morte. E tudo isto poderá levar à pronta intervenção da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). É ainda referido que na comunidade vive uma mulher portuguesa que será mãe de uma criança de sete meses, cujo pai é o líder espiritual. Salienta a publicação que os avós da menina estão alarmados com os riscos em que a neta vive e que pediram a intervenção da CPCJ.

Reino do Pineal garante não ser ameaça para Portugal

A polémica em torno da seita levou a que a comunidade enviasse uma carta a diversas redações nacionais. Na qual começa por “agradecer ao povo de Portugal” pela forma como foram recebidos. Salienta o Reino do Pineal que “exerce legalmente” os direitos. Asseguram também que estão protegidos “pela constituição” do nosso País. “Gostaríamos de deixar claro que não somos um movimento político, somos nómadas viajantes com uma vocação espiritual, atualmente a viver na embaixada na soberana República Portuguesa. A nossa intenção não é de perturbar a paz, ou causar confusão e divisão. Estamos aqui a viver em paz, cuidando respeitosamente da terra que atualmente habitamos”, explicam.

Deixando claro que o Reino do Pineal não é “uma ameaça para a República de Portugal, nem para o modo de vida de ninguém”. Até porque não tem como objetivo “impor” crenças “ aos outros”. “O modo de vida que escolhemos tem como objetivo restaurar, proteger e preservar os modos de vida orgânicos, naturais, espirituais, culturais e indígenas”, terminam.

Texto: Bruno Seruca
Fotos: Reprodução Instagram

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