Quatro detidos em Moçambique por roubo transfronteiriço de gado

A polícia moçambicana deteve quatro suspeitos de roubar gado do Essuatíni, no mais recente caso a abalar a segurança transfronteiriça no sul de Moçambique, anunciou hoje a corporação.

Quatro detidos em Moçambique por roubo transfronteiriço de gado

“Na semana passada foram abatidas nove cabeças de gado na montanha”, no distrito de fronteira da Namaacha, província de Maputo, e as investigações levaram à detenção “de quatro envolvidos”, referiu Juárez Martins, chefe provincial de relações públicas. 

“Há conivência de pessoas que se dedicam ao roubo de gado” dos dois lados da fronteira, acrescentou.

O alerta já tinha sido dado por líderes comunitários, entre os quais o régulo da Namaacha, Filimone Machalela.

“Nós queremos combater este crime em conjunto e contactámos as autoridades” para devolver sossego à população dos dois lados da fronteira, referiu à Rádio Moçambique.

Só durante o primeiro trimestre deste ano, o comando provincial registou o roubo de 117 cabeças de gado, a maioria recuperada, sendo o distrito da Namaacha aquele onde o crime é mais frequente.

A agricultura e pecuária são a principal fonte de subsistência na região, mas a porosidade dos limites é propícia a crimes transfronteiriços.

“Estamos a apertar o cerco”, referiu Juárez Martins, salientando a realização de reuniões conjuntas com os países vizinhos para articulação de medidas.

Além do gado, o roubo de veículos também tem agitado a população.

Nos últimos meses, comunidades sul-africanas de KwaZulu-Natal incendiaram 14 viaturas de transporte coletivo moçambicano que circulavam entre Duban e Maputo, em retaliação contra uma onda de furtos de automóveis.

As comunidades que vivem junto à fronteira queixam-se de as viaturas roubadas serem levadas para território moçambicano, perdendo-lhes o rasto e deixando os crimes impunes.

As polícias de ambos os países reforçaram ações de vigilância e patrulhamento, mas transportadores referiram na última semana à Lusa que continuam a optar por rotas mais longas para evitar a zona sob ataque.

LFO // JH

By Impala News / Lusa

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