Putin pede reforço de segurança em ponte atacada e promete resposta

O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu hoje o reforço das medidas de segurança na ponte da Crimeia, infraestrutura estratégica danificada pela segunda vez por um ataque ucraniano, e prometeu uma “resposta apropriada”.

Putin pede reforço de segurança em ponte atacada e promete resposta

“Como este é o segundo ataque terrorista na ponte da Crimeia, aguardo propostas concretas para melhorar a segurança desta importante e estratégica infraestrutura de transporte”, disse Putin, durante uma reunião governamental que foi transmitida pela televisão estatal.

De acordo com a versão que Putin apresentou nessa reunião, uma menina foi ferida e os seus pais morreram neste ataque, realizado pelos ucranianos nesta ponte que liga a Rússia à Crimeia, uma península anexada pela Rússia em 2014.

“Claro que haverá uma resposta da Rússia. O Ministério da Defesa está a preparar respostas apropriadas”, garantiu Putin.

O ataque causou grandes danos na parte rodoviária da ponte, que também tem sido usada para transportar equipamentos militares para o Exército russo na invasão da Ucrânia.

Os serviços de informações da Ucrânia já reclamaram a autoria do ataque, que terá sido realizado por serviços especiais e forças navais usando ‘drones’.

“O que aconteceu é um novo ato terrorista do regime de Kiev”, denunciou Putin.

A ponte de concreto de 18 quilómetros de extensão – construída por ordem de Vladimir Putin e que ele mesmo inaugurou, em 2018 – consiste em duas estruturas paralelas, uma reservada ao tráfego rodoviário e outra ao tráfego ferroviário.

De acordo com o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khousnullin, as estruturas de suporte da Ponte da Crimeia não foram danificadas pela explosão, o que Putin classificou como “boas notícias”.

Khousnoullin prometeu a reabertura total do tráfego rodoviário na ponte até 01 de novembro.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alegou esta manhã que o ataque contra a ponte Kerch foi executado com armas enviadas pelos países aliados de Kiev, mas referiu que a Rússia não está a considerar romper definitivamente as relações diplomáticas com os Estados Unidos ou com o Reino Unido.

“Temos consciência da quantidade de informação que vem da NATO e de Washington para Kiev, de forma permanente (…) Nos momentos mais críticos são precisos canais de diálogo”, explicou, citado pela agência Interfax.

A ponte, a mais longa da Europa, com 19 quilómetros, foi construída depois de a Rússia ter anexado a Crimeia, ligando esta península do Mar Negro à Rússia.

Em outubro do ano passado, um camião armadilhado explodiu nesta ponte, causando cinco mortos.

RJP (PSP/CAD) // PDF

By Impala News / Lusa

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