PSP inicia hoje operação para sinalizar situações de risco entre população mais idosa

A PSP inicia hoje em todo o país a operação anual para sinalizar situações de risco entre a população mais idosa, uma iniciativa que vai decorrer até ao final de setembro.

PSP inicia hoje operação para sinalizar situações de risco entre população mais idosa

A Polícia de Segurança Pública inicia hoje em todo o país a operação anual para sinalizar situações de risco entre a população mais idosa, uma iniciativa que vai decorrer até ao final de setembro.

A operação, denominada “A solidariedade não tem idade — A PSP com os idosos”, está inserida na estratégia global da Polícia de Segurança Pública de policiamento de proximidade e tem como objetivo principal contactar e dialogar com os cidadãos com mais de 65 anos, refere aquela polícia, em comunicado.

Segundo a PSP, a iniciativa, que se realiza todos os anos, visa “detetar casos de fragilidade social, vulnerabilidade física e psíquica comprometedores da segurança e casos de suspeita de crimes de violência doméstica ou outros contra a vida ou integridade física, promovendo de imediato o necessário apoio em articulação com outras entidades”.

A PSP sublinha que “o sentimento de insegurança incide de forma particularmente relevante sobre a população mais idosa” devido às vulnerabilidades físicas, psíquicas e mentais que com a idade se vão agravando e à consequente perda de autonomia, o que coloca estas pessoas como “vítimas preferenciais e menos aptas à autodefesa em relação a crimes contra o património”, como o roubo, burla e extorsão, e contra a liberdade pessoal, nomeadamente ameaça, coação e sequestro.

A população idosa é também mais vulnerável a crimes relacionados com a integridade física, como ofensa, violência doméstica ou maus-tratos, existindo ainda “a sensação de abandono”.

A PSP refere igualmente que a estas vulnerabilidades podem também juntar-se problemas relacionados com “as frágeis condições de habitação, higiene, saúde pública, saúde individual ou alimentação”.

“Todas estas condicionantes, sem um círculo familiar ou de vizinhança próximo e atento, potenciam situações de anonimato (sofrimento em silêncio) que inviabilizam eventuais intervenções de cariz assistencial e que a PSP, tanto por intermédio desta operação nacional, como por intermédio do trabalho diário do policiamento de proximidade, pretende reverter, contribuindo para reforçar a segurança destes cidadãos”, sustenta a Polícia para justificar a iniciativa.

A PSP frisa que reforçou a articulação e coordenação com as delegações da segurança social principalmente desde o início da pandemia de covid-19.

Em 2020, a PSP sinalizou quase 1000 idosos na operação “A solidariedade não tem idade — A PSP com os idosos”, 891 dos quais foram considerados de risco e 508 foram de imediato encaminhados para instituições de apoio.

A polícia explica que a sinalização da necessidade de apoio ou classificação de risco poderá decorrer de várias situações distintas que os polícias avaliam localmente e de forma concreta, mas que, maioritariamente, “resultam de situações de abandono, incapacidade de autossubsistência (por dificuldade física, financeira ou outra) ou repetida sujeição a violência (física, emocional e ou psicológica)”.

De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional Estatística, a população idosa (+ 65 anos) em Portugal representa 22,3% da população total em 2020, um aumento de 3,4% relativamente a 2011.

 

 

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