Presidente exige ao exército que modelo ofensivo prevaleça   

O Presidente moçambicano exigiu hoje que as forças governamentais que combatem o terrorismo no Norte de Moçambique permaneçam na “ofensiva” apesar dos “resultados positivos” em Cabo Delgado, considerando que a guerra não terminou.

Presidente exige ao exército que modelo ofensivo prevaleça   

“Estamos cientes dos resultados que estamos a registar no teatro operacional, é visível o retorno das populações às zonas de origem (…) Regista-se um retorno à normalidade em todos os distritos de Cabo Delgado. Estes resultados, em nenhum momento, devem significar abrandamento das operações militares”, declarou Filipe Nyusi, num discurso à nação a partir da província de Tete, centro de Moçambique.

O chefe de Estado moçambicano falava durante as comemorações do Dia das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM), que se assinala hoje em todo país.

Para Filipe Nyusi, embora enfrentem desafios conjunturais, as Forças Armadas e de Defesa de Segurança devem continuar a “combater energicamente”, reiterando que “Moçambique tem todo o direito de se defender e preservar a sua dignidade”.

“Não podemos cometer o erro de desativar o poderio das Forças de Defesa e de Segurança quando consideramos que a batalha foi superada com sucesso (…) As Forças de Defesa e de Segurança não estão na fase defensiva, estão sim na fase ofensiva”, declarou Filipe Nyusi.

O dia das Forças de Defesa e de Segurança de Moçambique, feriado nacional, homenageia os então jovens combatentes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), atual partido no poder, que em 25 de setembro de 1964 lançaram a guerra de libertação nacional contra o regime colonial português.

A guerra durou dez anos até à proclamação da independência nacional em 25 de junho de 1975.

A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

No terreno, em Cabo Delgado, combatem o terrorismo — em ataques que se verificam desde outubro de 2017 e que condicionam o avanço de projetos de produção de gás natural na região – as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

O conflito no norte de Moçambique já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, enquanto o Presidente moçambicano admitiu “mais de 2.000” vítimas mortais.

EAC // MLL

By Impala News / Lusa

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