Polémica gera novas petições a favor e contra nome de Manuel Clemente para nova ponte

A polémica sobre a atribuição do nome do cardeal-patriarca de Lisboa cessante, Manuel Clemente, à ponte ciclopedonal no Parque Tejo fez circular na Internet quatro petições dirigidas ao município da capital, umas a favor e outras contra.

Polémica gera novas petições a favor e contra nome de Manuel Clemente para nova ponte

A petição “Queremos o nome de D. Manuel Clemente para a ponte pedonal no Parque Tejo” reunia pelas 11:00 de hoje mais de 500 assinaturas, enquanto a “Petição para que a nova ponte sobre o rio Trancão não tenha o nome Cardeal Dom Manuel Clemente” tinha mais de 2.800 subscritores.

Uma outra petição, “JMJ: Saudação e apelo aos presidentes da Câmara de Lisboa e Loures”, além de apoiar o nome de Manuel Clemente para a ponte, defende a atribuição do nome do chefe da Igreja Católica, Papa Francisco, ao Parque Tejo e concentrava à mesma hora mais de 5.500 subscritores.

Estas três petições circulam no mesmo portal que uma outra, conhecida no fim de semana, “pela alteração do nome previsto para a ponte Lisboa/Loures no Parque Tejo”, que reunia pelas 11:00 de hoje mais de 15 mil assinaturas e que já pode ser debatida na Assembleia da República.

Na sexta-feira, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou que a nova ponte ciclopedonal que liga a capital ao concelho de Loures, sobre o rio Trancão, e foi construída na zona oriental da cidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), iria chamar-se Ponte Pedonal Cardeal Dom Manuel Clemente.

Manuel Clemente, que agradeceu o gesto, deixará de ser oficialmente cardeal-patriarca de Lisboa a 02 de setembro, altura em que será sucedido pelo atual bispo das Forças Armadas, Rui Valério.

As petições contra o nome de Manuel Clemente para a nova ponte invocam a laicidade do Estado português e as suspeitas de encobrimento do cardeal dos abusos sexuais de menores na Igreja Católica portuguesa.

Em contrapartida, as petições a favor da designação de Manuel Clemente advogam o seu exemplo como sacerdote e cidadão, “educado em sintonia com o Papa Francisco e com a atitude da Igreja Católica em combater todo e qualquer tipo de abuso no interior da Igreja”.

A JMJ, o maior evento da Igreja Católica, realizou-se este ano de 01 a 06 de agosto em Lisboa.

A vigília e a missa de encerramento da JMJ de Lisboa reuniu em cada uma das celebrações, ambas presididas pelo Papa, 1,5 milhões de pessoas no Parque Tejo.

ER // SCA

By Impala News / Lusa

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