ONU defende “pressão diplomática e económica” para travar violações humanitárias em Gaza

O Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) defendeu hoje que todos os Estados-membros “podem e devem” usar a sua influência, “através de pressão diplomática e económica”, para travar violações do direito humanitário internacional em Gaza.

Numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre a situação em Gaza, o diretor da Divisão de Coordenação do OCHA, Ramesh Rajasingham, sugeriu aos Estados-membros da ONU, além da pressão diplomática e económica, que condicionem as exportações de armas ao cumprimento das regras de guerra e à cooperação no combate à impunidade.

Referindo-se ao enorme impacto desta guerra junto do trabalho humanitário, com mais de 220 trabalhadores humanitários mortos e destes 179 funcionários da ONU, Rajasingham chamou atenção para o recente ataque à organização World Central Kitchen, que esta semana viu sete dos seus membros mortos num ataque israelita.

Esses trabalhadores, que foram descritos pela ONU como “corajosos e altruístas”, acabaram mortos após terem descarregado mais de 100 toneladas de produtos essenciais para salvar vidas em Gaza, e apesar de terem informado o exército israelita sobre os seus movimentos.

“Infelizmente, não podemos dizer que este trágico ataque foi um incidente isolado neste conflito. (…) Faço eco das profundas preocupações do secretário-geral sobre as claras violações do direito humanitário internacional que estamos a testemunhar. As alegações de violações graves devem ser investigadas e os suspeitos processados”, defendeu Rajasingham.

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By Impala News / Lusa

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