Nações Unidas e União Europeia muito preocupadas com violência no Equador

O secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, e o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, manifestaram hoje grande preocupação com a violência no Equador, onde foi decretado estado de emergência, e transmitiram solidariedade à população equatoriana.

Nações Unidas e União Europeia muito preocupadas com violência no Equador

Guterres está “muito alarmado com a deterioração da situação” no Equador, mergulhado num “conflito armado interno” com grupos de traficantes de droga, declarou hoje o seu porta-voz.

“O secretário-geral condena firmemente os atos criminosos de violência a que assistimos e envia uma mensagem de solidariedade ao povo equatoriano”, declarou Stéphane Dujarric à imprensa.

O Presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou hoje que o seu país se encontra em estado de guerra, na sequência de ações violentas de grupos de crime organizado, que descreve como “terroristas”, e que o levaram a declarar um “conflito armado interno” na terça-feira.

Também o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse hoje estar “profundamente preocupado com o grave recrudescimento da violência no Equador, orquestrada por grupos criminosos”.

Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), o alto representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança considerou que se trata de “um ataque direto à democracia e ao Estado de Direito”.

“A UE continuará a apoiar o povo do Equador e as suas instituições democráticas e está solidária com as vítimas”, afirmou ainda o chefe da diplomacia europeia.

O Presidente Daniel Noboa anunciou, na segunda-feira, que o país estava em estado de emergência após a fuga de dois líderes de gangues criminosos, admitindo a existência de um conflito armado interno a nível nacional.

Depois de distúrbios em seis prisões terem levado à fuga de presos considerados altamente perigosos, o país viveu, na terça-feira, um dia de terror que provocou pelo menos oito mortos em diversos atos violentos, como a tomada temporária de um canal de televisão por um grupo armado em Guayaquil, incêndios de carros, ameaças em universidades, instituições estatais e empresas.

As autoridades equatorianas relataram ter feito pelo menos 70 detidos nos tumultos.

JH (PMC) // PDF

By Impala News / Lusa

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