Na manhã desta terça-feira, 27 de setembro, num bairro em São Paulo, Ana Lívia, de 13 anos, recebeu a visita de uma amiga da escola. Contudo, a adolescente, um ano mais nova, foi até a casa da colega com o intuito de matá-la por ciúmes. O delegado Vinícius Garcia, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), informou que, segundo a homicida, tinha ciúmes da amizade entre a vítima e outra colega de escola. Por essa razão, foi até a casa de Ana e executou-a com um tiro na nuca.

A vítima morreu na hora, mas o corpo só foi encontrado após a mãe regressar do trabalho. A polícia foi acionada e identificaram a atiradora com recurso a imagens das câmaras de segurança existentes no local. Os agentes foram até a escola da adolescente e levaram-na até à esquadra, juntamente com o pai e a irmã mais velha. Lá, prestou depoimento, onde confessou o crime e explicou a motivação. Explicou que tinha arranjado a arma em casa de um familiar. Giovanna Higino, tia da vítima, mostrou-se incrédula. “Elas eram amigas, estavam sempre juntas. Recentemente, assistirmos a uma discussão entre elas e a amiga saiu a chorar”.

«Saiu, fechou o portão e foi embora como se nada tivesse acontecido»

Giovanna descreveu a discussão como “um desentendimento de criança”, explicando que a sobrinha foi instruída a pedir desculpas e admitir que estava errada. As coisas pareciam estar sanadas e, como tal, a família permitiu que a jovem fosse até a casa de Ana na terça-feira. A tia também contou que a menina teria sido fria no momento do assassinato: depois de matar Ana, “saiu, fechou o portão e foi embora como se nada tivesse acontecido”. “A Ana sempre foi uma menina doce, muito carinhosa. […] é uma dor que nunca vai passar”. A adolescente foi detida e ficou na Fundação Casa. A Justiça vai agora avaliar se ela continuará nesta instituição.

Fotos: Reprodução Twitter

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