Mata companheira com lixívia para impedir mudança de testamento

Júlio Araújo, de 52 anos, e a companheira, Helena Gomes, de 48, mantiveram o cadáver em casa durante cerca de 24 horas. Só depois vestiram o corpo de Maria Ferreira para o transportarem até um caminho ermo, onde o abandonaram.

Mata companheira com lixívia para impedir mudança de testamento

Maria da Graça Ferreira, de 69 anos, estava a dormir num dos quartos do apartamento do namorado, em Braga, quando o homem e a mulher, que mantinham uma relação como casal há oito anos, desconhecida pela vítima, a mataram por asfixia. Foi sufocada com um pano embebido em lixívia, até ter deixado de reagir.

Júlio Araújo, de 52 anos, e a namorada, Helena Gomes, de 48, mantiveram o cadáver em casa durante cerca de 24 horas. Só depois vestiram o corpo de Maria Ferreira para o transportarem até um caminho ermo, onde o abandonaram. O crime aconteceu na madrugada de novembro do ano passado. O Ministério Público acusa agora os dois arguidos de homicídio qualificado, profanação de cadáver e burla informática.

De acordo com o CM, que teve acesso à acusação, o casal planejou matar a mulher uma semana antes. O objetivo era impedir que mudasse o testamento que fez em fevereiro de 2020 e que indicava como único beneficiário Júlio Araújo, que ficaria na posse do apartamento da vítima. Como a relação entre ambos estava a deteriorar-se, a mulher tinha anunciado que iria mudar o testamento a favor de uma sobrinha. Os homicidas decidiram então agir rapidamente. Apesar de Helena ter colaborado com a PJ e prestado declarações ao juiz de instrução criminal, não esclareceu quem asfixiou Maria Ferreira.

Cheiro nauseabundo levou casal a desfazer-se do cadáver

“Os arguidos abeiraram-se da vítima e, um deles, munido com uma toalha previamente embebida em lixívia, colocou-se em cima do corpo da vítima e com a ajuda da toalha tapou-lhe com força a boca e o nariz, impedindo-a de respirar”, pode ler-se na acusação. A vítima sofreu várias lesões na cabeça, pescoço, tórax e também nos braços.

Após matar a idosa, o homicida foi a uma caixa de multibanco, por volta das cinco da manhã e fez três levantamentos com o cartão de Maria Ferreira, num total de 120 euros. Voltou para o apartamento, no Fucujal, e entregou 100 euros à companheira. A homicida retirou ainda um anel e um fio com um crucifixo em ouro do corpo da vítima. Só na tarde seguinte e devido ao cheiro nauseabundo do cadáver, decidiram desfazer-se dele. “Os arguidos vestiram a vítima com umas calças de ganga, uma camisola e calçaram-na com botas castanhas”, detalha o MP.

Depois, colocaram o corpo dentro de dois sacos do lixo, de grandes dimensões, que embrulharam num lençol. Durante a noite levaram o corpo para o carro e largaram-no num caminho.

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