Mãe de Gabriel escreve carta emotiva um mês após a morte do filho

«Hoje faz um mês que te arrancaram da Terra, um mês em que minha vida não tem descanso devido à tua ausência», confessa a mãe do menino de 8 anos morto pela madrasta

Um mês depois da morte de Gabriel Cruz, a mãe do menino espanhol de oito anos encontrado morto na bagageira do carro da madrasta partilhou uma carta emotiva que escreveu em honra do filho. «Olá Gabriel. Há um mês que foste embora e levaste contigo tanto amor!», pode ler-se na mensagem de Patrícia Ramirez divulgada pelo jornal La Vanguardia.

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Entre memórias e relatos de episódios da vida íntima de Gabriel e de Patrícia Ramirez, a mãe do menino, cuja história enterneceu o mundo, confessa o sofrimento que a ausência do filho lhe causa.

«Hoje faz um mês que te arrancaram da Terra, um mês em que minha vida não tem descanso devido à tua ausência».

Patrícia Ramirez relembra também o momento em que ainda não sabia do paradeiro do filho: «Foi assim Gabriel, procurámos-te por terra, mar e ar». Na carta, a mãe faz questão de destacar o quanto o mundo «parou» para apoiar e honrar a memória de Gabriel.

«Amaram-te tanto e esqueceram-se das suas vidas por uns dias para se dedicarem a ti e ao teu eterno sorriso».

Conhecida como uma mulher com um carácter exemplar, a mãe acaba agradecendo mais uma vez a todos os que a ajudaram neste momento trágico. «Quero agradecer hoje a toda a gente em teu nome pelo seu respeito, ajuda, interesse e por nos fazerem a vida um pouco mais fácil».

Gabriel Cruz foi encontrado na bagageira do carro de Ana Julia

Quando desapareceu, o menino de oito anos estava em casa da avó Cármen, em Las Hortichuelas, em Espanha. Filho de pais separados, era habitual passar dias em casa da avó paterna. Nessa manhã, brincou em casa dos primos. No dia seguinte era feriado e não tinha aulas.

Foi a casa da avó, onde almoçou, e voltou para junto dos primos, para mais uma tarde de brincadeira. A avó ficou a vê-lo à porta enquanto Gabriel percorreu cerca de 80 metros. Até casa dos primos faltariam uns 20, mas o menino nunca lá chegou.

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A família só deu pela sua falta cerca das 18h00, uma vez que a avó estava ciente que o neto se encontrava em casa dos primos, e vice-versa. O alerta às autoridades foi dado pelas 20h00.

A única pista que existia até se encontrar o corpo era uma camisola branca com o ADN de Gabriel, peça encontrada por Ana Júlia e pelo pai do menino.

Em Espanha há uma petição para que a assassina de Gabriel Cruz seja condenada a prisão perpétua.

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Madrasta encontra-se na prisão de Acebuche

Ana Julia, de 43 anos, a companheira do pai de Gabriel Cruz, confessou às autoridades ter assassinado o menino de 8 anos. Atualmente, a mulher natural da República Dominicana encontra-se na prisão de Acebuche, em Almería.

Na cadeia, Ana Julia partilhava a cela com outra reclusa que tinha sido apontada, pela própria prisão, como uma vigilante da alegada homicida. Esta companheira de cela tinha como função certificar-se de que Ana Julia não se magoava a si própria. Esta medida é bastante comum nas prisões espanholas, em casos deste género.

No entanto, a reclusa que partilhava a cela com Ana Julia renunciou ao pedido dos responsáveis prisionais, em vigiar a madrasta de Gabriel, após ter tido conhecimento de que tinham sido publicadas na imprensa informações que a podiam identificar.

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