GNR casado condenado por ameaçar namorada 18 anos mais nova

GNR tinha casamento marcado com rapariga, mas não apareceu para o enlace. O tribunal aplicou-lhe pena suspensa de dois anos e quatro meses.

GNR casado condenado por ameaçar namorada 18 anos mais nova

Um militar da GNR, colocado em Vila Nova de Gaia, foi condenado por violência doméstica por, ao longo de três anos, ter insultado, vigiado e mal-tratado a jovem com quem mantinha um relacionamento amoroso, apesar de casado e com filhos. O militar chegou a marcar casamento com a namorada, 18 anos mais nova, mas não compareceu à cerimónia, na conservatória. A mulher desconhecia que o namorado era casado e pai de filhos.

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O guarda desrespeitou ainda as ordens do juiz para que se mantivesse afastado da vítima e continuou a humilhá-la e a ameaçá-la de morte. O GNR de 35 anos tinha já em 2011 quatro filhos de outros relacionamentos e iniciou um namoro com uma rapariga, então com 17 anos. Apesar da vida bígama, conquistou em três anos de namoro a confiança da família da jovem de Paredes. Todavia, quando esta entrou na universidade, o guarda começou a revelar “um comportamento possessivo e controlador”, cita este domingo, 22 de novembro, o JN.

“Se não és minha, não és de mais ninguém”, ameaçou o GNR

No julgamento, há pouco concluído, provou-se que o guarda passou a pressionar constantemente, através de telefonemas e mensagens, a namorada. Além do controlo à distância, aparecia de surpresa nos locais que esta frequentava, sobretudo a universidade, para ver com quem se dava. Proibiu-a de sair com amigos e colegas e, alegando que estava a ser traído, insultava-a com frequência. Em setembro de 2016, a vítima já dava sinais de querer ter-minar com o namoro e o guarda avançou com um pedido de casamento “para mantê-la sob domínio”. No dia da cerimónia, marcada para julho de 2017, numa conservatória, não apareceu.

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A universitária terminou a relação e ficou também, nesse momento, a saber que o namorado era casado. O militar da Guarda Nacional Republicana não aceitou o fim do relacionamento e pressionou a jovem a reatar o namoro. Enviava-lhe mensagens por telefone ou através das redes sociais e, diante da recusa da vítima, tornou-se violento. “Antes de desaparecer, mato-vos a todos” e “se não és minha, não és de mais ninguém” foram algumas das ameaças do homem, que prometia revelar vídeos íntimos da universitária. Acabou detido pelos colegas do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas de Penafiel em agosto de 2017, mas, mesmo proibido de contactar a ex–namorada, continuou com as ameaças, motivo pelo qual acabaria condenado a dois anos e quatro meses de prisão com pena suspensa por período igual.

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