Os condóminos do edifício H da Cidade Cooperativa da Prelada estão sem gás há seis dias. As tubagens de cobre foram cortadas e furtadas na madrugada de sábado e, desde então, têm de improvisar refeições e banhos. O assaltante foi detido em flagrante. Além dos prejuízos e dos incómodos, os moradores verificam que podia ter sido um assalto de consequências bem mais graves, devido aos riscos de fuga e acumulação de gases. Ao final da tarde desta quinta-feira, procedia-se ainda à reparação das ligações.

Por precaução, retiraram-se os contadores e procedeu-se à inspeção de todas as frações. As circunstâncias em que o assaltante entrou no prédio não estão esclarecidas. Sabe-se que começou a cortar as tubagens no último piso, o 12.º, e que fez o mesmo na descida por todos os andares, até ao quarto, onde foi surpreendido pela PSP, alertada por uma moradora. O homem, na casa dos 50 anos, foi detido e identificado. Aguarda notificação para ser presente a um juiz de instrução.

«Ando há uma semana a tomar banho de canequinha»

A preço de revenda em sucata (cinco euros/quilo), o valor do cobre furtado não excede 80 euros. A cooperativa calcula os danos em seis mil. “Isto sem contar com os transtornos causados às pessoas. O que sucedeu foi muito perigoso. Podia ter sido uma tragédia“, diz Maria Antónia Costa, do condomínio-geral da cooperativa. “Como passei cinco meses fora, pensei que tinha esquecido uma fatura. Mas, como, se pago por débito automático? Demorei a perceber o que se passou. Ando há uma semana a tomar banho de canequinha“, diz outra das moradoras.

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