Deixa filhas recém-nascidas morrerem por asfixia por não as desejar

Mulher já tinha decidido que não queria ter mais filhos após relação com namorar deteriorar-se. “Um bebé caiu pela sanita”, explicou às autoridades.

Deixa filhas recém-nascidas morrerem por asfixia por não as desejar

Mãe de duas meninas, uma de quatro anos e outra de 16 meses, a mulher decidiu que não queria ter mais filhos. As gravidezes anteriores não foram planeadas e, após o nascimento da filha mais nova, a relação com o namorado começou a deteriorar-se, chegando ao ponto de mal se falarem.

No final de 2019, apesar de viverem juntos com as filhas, já nem sequer dormiam na mesma cama. Com períodos menstruais irregulares, a mulher acabou por dar conta de que estava novamente grávida de cinco meses. Apesar disso, não foi ao médico e tampouco contou a algum familiar ou amigo. A 18 de janeiro de 2020 deu à luz, em casa, em Espinho, dias gémeas. Sozinha, após o parto, embrulhou as recém-nascidas em toalhas e esperou que estas morressem por asfixia.

“Estava com dores e tive vontade de ir ao quarto de banho. Ao fazer xixi, senti uma dor muito forte e deu-se o parto. Um bebé caiu pela sanita. Embrulhei-o numa toalha e senti mais dores. Achei que era a placenta. Fui lá com a mão, senti uma perna e puxei. Eles fizeram barulho, mas foi choro de bebé”, disse a arguida, de 26 anos.

Colocou cadáveres num saco e foi dormir com a filha

No processo, a que o Correio da Manhã teve acesso, a mulher diz que nem sequer viu o sexo dos bebés. “Embrulhei-os em toalhas e fiquei ali sentada na sanita. Peguei numa tesoura e cortei os cordões [umbilicais]. Não sabia o que havia de fazer. Fiquei ali bastante tempo. Pousei-os depois no bidé e eles já não faziam barulho”, frisou. Depois, tomou banho, colocou os cadáveres num saco de plástico e colocou-o na mala do carro. Foi dormir com a filha mais velha e, no dia seguinte, foi trabalhar.

Tal como dá conta o mesmo jornal, está acusada da prática do crime de homicídio qualificado. A pena pode chegar aos 25 anos de prisão.

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