CPLP “está consciente” da situação em Cabo Delgado

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse hoje que os membros da organização “estão conscientes” da situação da violência armada no norte de Moçambique, alertando para as questões humanitárias.

CPLP

“Os Estados-membros estão conscientes da situação em Cabo Delgado”, declarou Zacarias da Costa, observando que passou a ter uma “perspetiva mais completa” sobre a violência armada, após o encontro com o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, que decorreu hoje na Presidência, em Maputo.

“Tenho certeza que os Estados-membros irão olhar para a situação em Cabo Delgado por forma a colocar os esforços nesta questão que é também da CPLP e de todos nós”, referiu o responsável.

O secretário-executivo da CPLP falou ainda da necessidade de se olhar em conjunto para a questão humanitária no norte de Moçambique, além das necessidades em termos de infraestruturas naquela província.

Zacarias da Costa chegou a Moçambique na segunda-feira, para uma visita que se estende até sábado, com vários eventos em agenda, entre os quais o VII congresso Internacional de Educação Ambiental dos países da CPLP e Galiza e o Evento Global sobre Direitos Humanos na comunidade, que arrancou hoje e decorre até quinta-feira, em Maputo.

Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul de região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

LYN // VM

By Impala News / Lusa

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