Conceição blinda plantel com facilidade

A equipa principal de futebol do FC Porto está blindada face à Operação Pretoriano, que conduziu à detenção do líder da claque Super Dragões e de dois funcionários do clube, frisou hoje o treinador Sérgio Conceição.

Conceição blinda plantel com facilidade

“É muito fácil [blindar o plantel perante o ruído externo]. É dar importância àquilo que é verdadeiramente importante, que é o jogo [com o Rio Ave, no sábado, da 20.ª ronda da I Liga]. É falar sobre o jogo, a equipa, a evolução dos jogadores, o trabalho diário e o jogo que passou. É focarmo-nos naquilo que é mais importante para nós aqui dentro”, reagiu o técnico, na conferência de imprensa de lançamento do próximo encontro dos ‘dragões’.

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.

Os detidos, nos quais também está a mulher de Fernando Madureira, vice-presidente da claque, começaram na quinta-feira a ser ouvidos no primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, visando a determinação de medidas de coação.

“Neste momento, a justiça, em quem todos nós confiamos, está a analisar aquilo que as pessoas fizeram ou não. Agora, o apoio [no estádio] é algo intrínseco aos portistas e não acredito que uma ou outra situação afete [o ambiente no jogo com o Rio Ave]. É verdade que o líder de uma das claques poderá não estar no jogo. Queríamos que estivessem lá todas aquelas pessoas que amam o FC Porto. Cabe-nos ter um comportamento de que todos gostem para que seja a equipa a puxar pelos adeptos”, vincou Sérgio Conceição.

De acordo com documentos judiciais a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.

O FC Porto, terceiro colocado, com 44 pontos, defronta o Rio Ave, 16.º e antepenúltimo, com 17, no sábado, a partir das 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto, em jogo da 20.ª ronda da I Liga, com arbitragem de António Nobre, da Associação de Futebol de Leiria.

 

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By Impala News / Lusa

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