Um bebé sofreu fratura no crânio, hemorragia e lesões cerebrais durante parto realizado no hospital de Portimão. Os familiares entendem que houve negligência médica e já apresentaram queixa no Ministério Público. A mãe entrou no hospital em 2 de outubro, às 23h30, depois de lhe rebentarem as águas, mas o nascimento só se deu quase 20 horas depois, às 19h08 do dia seguinte, 3 de outubro.

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«Negligência e desumanidade» apontadas ao hospital de Portimão

Houve três tentativas para ajudar ao parto, com recurso a fórceps e a ventosa. Houve “negligência e desumanidade”, considera Amel Belkacem – citada pelo CM desta terça-feira, 15 de dezembro –, mãe do recém-nascido. A mulher, com formação médica, não duvida de que “o bebé estava muito em cima e os médicos quiseram fazer o parto com fórceps à força”. Uma cesariana teria “reduzido os danos e o sofrimento” do bebé.

Bebé transferido para Santa Maria, em Lisboa

A administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve recusa quaisquer esclarecimentos sobre o caso, limitando-se a esclarecer que os serviços de Obstetrícia “baseiam a decisão do tipo de parto, caso a caso, de acordo apenas com critérios clínicos”. O recém-nascido foi transferido do hospital de Portimão para o Santa Maria, em Lisboa.

A criança apresentava paralisia facial, hematoma subdural multifocal e hemorragia no tímpano, entre outras lesões, e está a fazer fisioterapia e a ser seguido por neurologistas. O hospital nunca contactou os pais para dar explicações, de acordo com a edição impressa do CM.

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