Bebé e mãe com 6 mil anos encontrados na Holanda

Arqueólogos maravilhados ao encontrarem um túmulo da Idade da Pedra, de há 6 mil anos. A descoberta revela uma mulher com o bebé no braço, o enterro infantil mais antigo alguma vez encontrado na Holanda.

Bebé e mãe com 6 mil anos encontrados na Holanda

Arqueólogos na cidade holandesa de Nieuwegein ficaram maravilhados quando confirmaram um enterro da Idade da Pedra. A descoberta revela bebé e mãe com 6 mil anos. A mulher tem o filho no braço e este é o enterro infantil mais antigo já encontrado na Holanda.

Para ler depois
Japão eleva idade de consentimento sexual de 13 para 16 anos

Nieuwegein é rica em achados arqueológicos da cultura Swifterbant, que habitou a região entre 5300 e 3400 antes de Cristo. Muitos artefactos foram encontrados sob camadas de argila e turfa, o que “ajudou a preservá-los em excelente estado”.

Descoberta emocionante

Bebé e mãe com 6 mil anos encontrados na Holanda
Fragmentos ósseos menores encontrados no braço direito da mulher revelam que tinha sido enterrada com um bebé

Foram desenterrados 4 esqueletos pelos arqueólogos e transportados para laboratório para análise minuciosa. Um deles pertencia a uma jovem adulta, cujo braço dobrado em ângulo reto indicava algo incomum. Posteriormente, fragmentos ósseos menores foram encontrados no braço direito da mulher, revelando que tinha sido sepultada com um bebé.

A líder do projeto, Helle Molthof, expressou-se surpreendida com descoberta. “Realmente impressiona quando encontramos pequenos dentes de leite enterrados em argila há 6 mil anos. São de facto semelhantes aos dentes de leite mantidos em caixinhas pelos pais ainda hoje, em muitas culturas.”

Preservação notável

Bebé e mãe com 6 mil anos encontrados na Holanda
A imagem é a reconstrução de como seriam a mulher e a criança no momento do enterro. “Ainda não sabemos muito sobre como enterravam os mortos e o que aconteceu às crianças”, diz a arqueóloga

A descoberta é extremamente rara, pois bebés possuem ossos frágeis que costumam desintegrar-se pouco tempo após o enterro. Graças às “condições alagadas do local e aos depósitos de argila e turfa”, os delicados restos mortais infantis “foram preservados por milénios”.

Os investigadores esperam agora por uma análise de DNA para determinar se a mulher adulta é mãe do bebé e qual o sexo da criança. Além disso, procuram perceber mais sobre as cerimónias fúnebres do povo Swifterbant.

“Sabemos como viviam, que tipo de comida comiam, como eram casas deles, mas ainda não sabemos muito sobre como enterravam os mortos e o que aconteceu às crianças”, diz Molthof. A investigação incluirá ainda análises de isótopos para descobrir se a mulher nasceu ali ou se terá migrado para o local.

Imagens: Nieuwegein Township

Impala Instagram


RELACIONADOS