Arguido com cancro rejeitado na prisão de Custóias

Arguido foi levado de ambulância à cadeia de Custóias, Matosinhos, para cumprir seis anos de prisão, mas só ali esteve 15 minutos, por ter contrariado uma “ordem expressa do tribunal”

Arguido com cancro rejeitado na prisão de Custóias

O arguido, de 24 anos, diagnosticado com leucemia, foi levado de ambulância à cadeia de Custóias, Matosinhos, para cumprir seis anos de prisão, mas só ali esteve 15 minutos.

Desde 17 de fevereiro que o arguido estava a aguardar a execução da pena de prisão efetiva a que tinha sido condenado pelo Tribunal de Gaia e que foi confirmada pelo Tribunal da Relação.

Após o trânsito em julgado, o Tribunal de Vila Nova de Gaia – que tinha condenado o homem por tráfico de droga – ordenou que fosse levado para o hospital-prisão de Caxias, no concelho de Oeiras, a 280 quilómetros de distância.

Em resposta a pedidos de esclarecimento formulados pela Lusa, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) diz que a situação “corresponde a uma apresentação voluntária que contraria ordem expressa do tribunal quanto ao local de apresentação”.

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Segundo a DGRSP, o mandado judicial,  “ordena expressamente que o recluso se apresente no Hospital Prisional de São João de Deus”, em Caxias, Oeiras.

O advogado do arguido, Carlos Duarte, rejeita este argumento. “Toda a gente sabe que posso entregar o arguido numa cadeia próxima e eles, os Serviços Prisionais, é que o têm de transferir”, disse o causídico à Lusa.

Advogado aguarda decisão

A DGRSP acrescenta que, “atenta a situação clínica do cidadão em causa e respondendo a questão colocada pelo tribunal, esta Direção Geral informou que o Hospital Prisional de São João de Deus seria o estabelecimento adequado a receber e acompanhar com os cuidados devidos o recluso”.

“Toda a gente sabe que posso entregar o arguido numa cadeia próxima e eles, os Serviços Prisionais, é que têm de transferi-lo”, disse o advogado, que aguarda uma decisão do Tribunal de Execução de Penas, quanto a uma prisão domiciliária

Quando o arguido foi condenado a seis anos de prisão, no tribunal de Gaia, estava já a enfrentar uma leucemia, situação que veio a agravar-se. A 1 de março de 2019, um relatório do Instituto Português de Oncologia (IPO), onde tem sido seguido, indicava que tinha sido submetido a tratamento intensivo de quimioterapia mas, apesar disso, apresentava um diagnóstico de “leucemia mieloide aguda de alto risco”, com indicação para ser submetido a transplante de medula óssea.

Acabou sujeito a esse transplante, mas os problemas de saúde continuaram a agravar-se.

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