Vice do Chega Tanger Corrêa critica “imbecilidade e estupidez” da AD de Montenegro

O vice-presidente do Chega António Tânger Corrêa reivindicou hoje a sua autoridade como fundador da Aliança Democrática de Sá Carneiro e Freitas do Amaral para classificar como “uma estupidez” e “uma imbecilidade” a atual reedição da coligação.

Vice do Chega Tanger Corrêa critica

“Só houve uma Aliança Democrática, aquela de cujo Governo fiz parte em que eu participei e tenho o cartão número um assinado por Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Telles”, assinalou Tânger Corrêa, ladeado de jovens do Chega, naquele que foi um momento alto da manhã do último dia de trabalhos da 6.ª Convenção Nacional do Chega, em Viana do Castelo.

O embaixador e primeiro vice-presidente do Chega empolgou os delegados quando reclamou para o seu partido o legado da antiga AD e desferiu um forte ataque à coligação PSD-CDS-PPM, agora celebrada por Luís Montenegro, Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira.

“Nós somos a representação daquilo que é a Aliança Democrática verdadeira e única, não é esta imbecilidade e esta estupidez que criaram agora”, sustentou.

Antigo militante do CDS, Tânger Corrêa disse que “a AD salvou este país de uma deriva socialista-comunista e foi nessa altura que os homens de bem se uniram”.

Lembrou que “o PS foi também convidado pelos líderes do PPD, CDS e PPM para integrar a AD”, mas este terá recusado por entender que poderia chegar ao governo sozinho.

Tânger Corrêa considerou a AD de Montenegro e Nuno Melo “perfeitamente ofensiva” para quem participou na original, questionando do púlpito os delegados se já votaram nos sociais-democratas, CDS ou em outros partidos.

Muitos congressistas levantaram o braço quando a pergunta se referiu ao PPD-PSD, e menos relativamente ao CDS.

O momento alto da manhã terminou com Tânger Correia e Jorge Galveias, o presidente da mesa da convenção que também militou no PSD, abraçados e os jovens, na maioria de fato e gravata, a agitarem bandeiras de Portugal e do Chega.

Antes, outros dos vices do Chega, Pedro Frazão, subiu ao púlpito para criticar “alguns que com grande acesso aos microfones continuam a alimentar a narrativa” de que o partido é de extrema-direita.

“Para esses tenho um recado: ou mentem ou são ignorantes. Leiam um livro, mesmo que seja dos pequeninos, um livro de Ciência Política. Ler é sempre o melhor remédio”, ironizou.

Na definição que Pedro Frazão escolheu como sendo aquela que caracteriza a extrema-direita, estes partidos são “movimentos antidemocráticos, antirrepresentativos e antiparlamentares”, o que disse não ser o caso do Chega, e por isso considerou que “a verdade destrói sempre os que mentem”.

Apelidando André Ventura como “o martelo dos corruptos”, o deputado do Chega tentou reescrever um slogan conhecido do PS — quanto mais a luta aquece mais força tem o PS – e afirmou: “quanto mais o Chega cresce, mais aflito fica o PS”.

“O Chega não é um partido de extrema-direita. É um partido de extrema competência intelectual”, disse.

JPS/JF // LM

By Impala News / Lusa

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