Ucrânia: Rui Rocha concorda com posição de António Costa

O presidente da IL disse hoje estar de acordo com a posição expressa pelo primeiro-ministro português, António Costa, de rejeitar o envio de tropas para a Ucrânia por países da NATO.

Ucrânia: Rui Rocha concorda com posição de António Costa

“Eu diria que a visão internacional diplomática que Portugal tem tido é talvez das poucas áreas que unem de forma alargada os partidos políticos do espetro democrático e, portanto, eu revejo-me naquilo que é a posição que vi ainda há pouco assumida pelo primeiro-ministro, António Costa. Parece-me que a posição é razoável”, afirmou Rui Rocha no final de uma visita a um local em Loulé, no distrito de Faro, para o qual está previsto há mais de 22 anos a construção de um hospital.

Apesar disso, o dirigente liberal mostrou-se preocupado com o facto de, numa altura em que se vive uma situação que pode evoluir para uma guerra mais alargada na Europa, o país ter um líder político, nomeadamente o socialista Pedro Nuno Santos, que admite vir a envolver-se numa futura solução governativa com partidos que têm uma posição anti-NATO.

Além do PS, Rui Rocha apontou ainda criticas a partidos que têm posições públicas de deputados a incitar as forças armadas a saírem à rua, “num claro despropósito e numa posição clara de quem não percebe aquilo que são as instituições”.

Acrescentando que estas posições são extremamente graves e têm de ser sublinhadas.

Na segunda-feira, em Paris, após ter participado numa reunião de alto nível para apoio contínuo à Ucrânia convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, quando se assinalam dois anos do início da invasão russa, António Costa foi questionado sobre declarações do seu homólogo eslovaco, Robert Fico, de que alguns países ocidentais estão a considerar acordos bilaterais para enviar tropas para a Ucrânia.

O primeiro-ministro português assegurou que “não há nenhum cenário em que essa questão se tenha colocado” e acrescentou: “Nem vejo que qualquer país da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] o deva fazer e, sobretudo, são decisões que a serem tomadas terão que ser tomadas coletivamente, porque numa Aliança de defesa coletiva a geração de riscos é também do interesse comum de todos, mas não foi tema” nesta reunião em Paris.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

SVF (ANE) // JPS

By Impala News / Lusa

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