Ucrânia: Presidente da União Africana falou com Putin sobre cessar-fogo

O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, atual presidente da União Africana (UA), encontrou-se hoje com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para “procurar um cessar-fogo duradouro” na Ucrânia, anunciou o próprio na rede social Twitter.

Ucrânia: Presidente da União Africana falou com Putin sobre cessar-fogo

“Regozijo-me com o meu encontro desta manhã com o Presidente Putin, na minha qualidade de presidente da União Africana (UA), para procurar um cessar-fogo duradouro na Ucrânia”, escreveu Sall na sua conta. “Saúdo a sua vontade de manter o diálogo para um resultado negociado do conflito”, continuou. A União Africana tinha, numa declaração emitida em 24 de fevereiro, apelado à Rússia e a “qualquer outro ator regional ou internacional a respeitar imperativamente o direito internacional. A integridade territorial e a soberania nacional da Ucrânia”. Na altura, instou a Rússia e a Ucrânia a um cessar-fogo imediato. E à abertura de negociações sob a égide da ONU.

LEIA AINDA
Terceira Guerra Mundial deixará planeta inabitável durante milénios 

Em 28 de setembro, manifestou a sua preocupação com as notícias de que os cidadãos africanos que fugiam dos combates estavam a ser impedidos de atravessar a fronteira. E disse que tais recusas “seriam chocantes e racistas e violariam o direito internacional”. Desde então, o Senegal, que tem fortes relações com países ocidentais, surpreendeu a comunidade internacional em 02 de março ao abster-se numa votação da Assembleia Geral da ONU. A favor de uma resolução que “exige que a Rússia cesse imediatamente o uso da força contra a Ucrânia”. O texto foi aprovado esmagadoramente por 141 países. Com cinco votos contra e 35 abstenções. Incluindo a China, de entre os 193 membros da organização. Quase metade dos países africanos abstiveram-se ou não participaram na votação. Um deles, a Eritreia, votou contra.

Ao mesmo tempo que exprime “a sua grande preocupação com a situação na Ucrânia”, o Senegal reafirma a sua “adesão aos princípios do não-alinhamento. E da resolução pacífica dos diferendos”, segundo um comunicado do Conselho de Ministros, publicado no mesmo dia. Dakar expressou também o seu descontentamento com Kiev na quinta-feira. Convidando-a a retirar um apelo à luta na Ucrânia. E a parar todo o recrutamento do Senegal. Após o anúncio de que 36 pessoas tinham sido alistadas para ajudar na guerra contra os russos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia. Que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil. E provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional. Que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Impala Instagram


RELACIONADOS