Ucrânia: Zelensky diz que país defende-se sozinho da Rússia e que sanções são insuficientes

O Presidente ucraniano lamentou que as “forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe” e sustentou que as sanções internacionais são insuficientes

Ucrânia: Zelensky diz que país defende-se sozinho da Rússia e que sanções são insuficientes

O Presidente ucraniano disse hoje que a Ucrânia está a defender-se sozinha, lamentou que as “forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe” e sustentou que as sanções internacionais são insuficientes. “Nós defendemos o nosso Estado sozinhos. As forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe”, afirmou Volodymyr Zelensky. Num discurso dirigido à nação, o chefe de Estado ucraniano acrescentou: “Será que as sanções de ontem [quinta-feira] persuadiram a Rússia? Sentimos nos nossos céus e na nossa terra que isto não é suficiente”.

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Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia União Europeia acordaram sanções que serão formalmente adotadas hoje, num Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas. O presidente norte-americano, Joe Biden, também anunciou que Estados Unidos e aliados vão reforçar sanções à Rússia. E que o dispositivo da NATO na Alemanha será reforçado com tropas norte-americanas. No mesmo discurso, Zelensky sustentou também “mais cedo ou mais tarde” a Rússia terá de “falar” com a Ucrânia para pôr fim aos combates e denunciou que Moscovo está também a visar áreas civis.

Zelensky defende que Rússia terá de falar com Ucrânia

Por outro lado, elogiou o “heroísmo” ucraniano face ao avanço russo. “A Rússia terá de falar connosco, mais cedo ou mais tarde. Para falar sobre como parar os combates e travar a invasão. Quanto mais cedo esta conversa começar, menores serão as perdas para a própria Rússia”, defendeu. O governante afirmou ainda que os defensores do país frustraram os planos operacionais da invasão russa no primeiro dia. As forças russas “começaram a bombardear áreas civis. Isto faz-nos lembrar [a ofensiva nazi em] 1941”, disse Zelensky, num vídeo publicado nas redes sociais, pronunciando a frase em russo.

Moscovo lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia. Com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho. E que era a única maneira de o país se defender. Precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus “resultados” e “relevância”. O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional. E motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português. E da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU.

 

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