Ucrânia: Borrell alerta para possibilidade de chegarem cinco milhões de refugiados à UE

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, alertou hoje para a possibilidade de chegarem à Europa cinco milhões de refugiados ucranianos, em fuga da guerra.

Ucrânia: Borrell alerta para possibilidade de chegarem cinco milhões de refugiados à UE

“Se os bombardeamentos continuarem assim, se continuarem a ser bombardeadas cidades indiscriminadamente, podemos esperar cinco milhões de refugiados, de pessoas que tentam escapar à guerra”, disse Borrell. Comparando a situação da Ucrânia com a do Afeganistão. “Vamos deparar-nos com um problema grave nas nossas fronteiras a leste”, referiu. Apelando à mobilização “de todos os recursos europeus para ajudar os países que vão receber este fluxo”. Nomeadamente os Estados-membros que têm fronteiras com a Ucrânia.

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O alto representante para a Política Externa da UE especificou ser necessário “mais dinheiro, maior capacidade de acolhimento, mais provisões…mais de mais”. Nos anos de 2015 e 2016, referiu ainda, com a crise síria, chegaram à Europa 1,5 milhões de pessoas. Acrescentando que “agora serão muitos mais”. Borrell falava à entrada para uma reunião informal do Conselho da Ajuda ao Desenvolvimento, em Montpellier, França. Tendo o tema da Ucrânia sido acrescentado à agenda do encontro. Porque a ajuda ao país “tornou-se uma questão de ajuda ao desenvolvimento”. Dada a proporção da crise dos refugiados ucranianos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo a ONU. Com um número de mortos e feridos calculados na ordem dos vários milhares. Mas ainda por determinar, tanto militares como civis, de ambas as partes. O ataque ordenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, visa a “desmilitarização e a desnazização” da Ucrânia. O que significa o derrube do regime pró-ocidental de Kiev. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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