Ucrânia: África do Sul e Moçambique instam ONU a iniciar diálogo entre Moscovo e Kiev

Os chefes de Estado da África do Sul e Moçambique instaram hoje o Conselho de Segurança das Nações Unidas a mandatar o secretário-geral, António Guterres, a iniciar um diálogo entre a Rússia e a Ucrânia.

Ucrânia: África do Sul e Moçambique instam ONU a iniciar diálogo entre Moscovo e Kiev

“Os dois presidentes instaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas a mandatar o secretário-geral das Nações Unidas para iniciar um diálogo entre a Rússia e a Ucrânia“. Refere o comunicado final conjunto da 3ª Sessão da Comissão Binacional entre a África do Sul e Moçambique. Realizada na capital sul-africana, Pretória. Os dois líderes da África Austral apelaram “a uma abordagem equilibrada do conflito através do diálogo. Que atenderá as preocupações de segurança de ambas as partes no conflito”, segundo a nota. Na semana passada, a assembleia geral da ONU aprovou uma resolução que condena a invasão russa da Ucrânia. Com o apoio de 141 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas. A resolução contou com 35 abstenções, incluindo as da África do Sul e Moçambique.

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“Os dois presidentes também expressaram preocupação com a crescente crise humanitária na Ucrânia”, adiantou. Segundo o comunicado, a que a Lusa teve acesso, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e o seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, reafirmaram “a urgência de reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas”. O Presidente Ramaphosa reiterou o apoio da África do Sul à candidatura de Moçambique para o Conselho de Segurança da ONU. Como membro não permanente em 2022/23, salienta na nota.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia. Que causou pelo menos 516 mortos. E mais de 900 feridos entre a população civil. E provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional. Que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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