Scholz entre as milhares de pessoas que se manifestaram contra extrema-direita

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e a chefe da diplomacia, Annalena Baerbock, foram duas das milhares de pessoas que participaram hoje numa manifestação em Potsdam, para protestar contra as atividades da extrema-direita na Alemanha.

Scholz entre as milhares de pessoas que se manifestaram contra extrema-direita

O social-democrata Mike Schubert, presidente da câmara de Potsdam, capital do estado federal de Brandemburgo, fronteiro com o de Berlim, foi quem convocou a manifestação depois das notícias que deram conta de reuniões na cidade entre grupos radicais e políticos da extrema-direita do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).

Schubert, citado pela cadeia de televisão regional RBB, deu conta de que participaram na manifestação cerca de 10.000 pessoas, enquanto a polícia situou esse número em apenas 2.000.

 Os manifestantes empunharam cartazes com palavras de ordem como “Potsdam é Colorida” e “Estamos unidos”.

Na manifestação participaram também a ministra do estado federal de Brandeburgo, a social-democrata Manja Schüle, bem como os líderes dos grupos parlamentares do Partido Socialista (SPD), da União Democrata Cristã (CDU), os Verdes e a Esquerda.

Também em Berlim, “vários milhares de pessoas”, segundo a polícia — 25 mil segundo uma porta-voz do movimento ambientalista ‘Fridays for Future’, que também convocou a manifestação — reuniram-se em frente ao Portão de Brandemburgo para protestar contra a extrema-direita.

A organização “Correctiv”, que se dedica à investigação, revelou quarta-feira passada que, em novembro de 2023, políticos da AfD participaram em Potsdam numa reunião organizada por figuras influentes da extrema-direita, na qual foram discutidos planos para expulsar milhões de estrangeiros do país.

No centro do evento esteve, segundo diversas fontes, o austríaco Martin Sellner, considerado um dos líderes do Movimento Identitário da extrema-direita europeia, que apresentou um “plano diretor” para alcançar o que certas fações extremistas chamam de “remigração”, ou seja, “limpeza étnica” de cidadãos estrangeiros.

JSD // SF

By Impala News / Lusa

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