Sampaio: Passos Coelho assinala “agudíssimo sentido de serviço cívico”

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho destacou hoje o “agudíssimo sentido de serviço cívico” de Jorge Sampaio, considerando que a memória do antigo Presidente da República “deixará saudades no país”.

Sampaio: Passos Coelho assinala

Pedro Passos Coelho (PSD) chegou ao final da tarde ao picadeiro real, em Lisboa, onde decorre hoje o velório de Jorge Sampaio, tendo entrado com a antiga presidente da Assembleia da República Assunção Esteves e o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais.

“Recordo não apenas uma pessoa de uma extrema afabilidade e simpatia, mas sobretudo uma pessoa muito empenhada quer no plano nacional quer no plano internacional com objetivos de natureza cívica”, elogiou, em declarações aos jornalistas, ainda na fila para prestar homenagem a Jorge Sampaio.

O antigo chefe de Estado, nas palavras de Passos Coelho, “tinha um agudíssimo sentido de serviço cívico que lhe valeu um reconhecimento internacional também muito grande”. “A sua memória, com certeza, é uma memória que deixará saudades no país”, enfatizou, considerado tratar-se “de uma figura muito relevante da política portuguesa”.

O ex-primeiro-ministro fez questão de “dar conta da estima e da imensa consideração” que tinha pela figura de Sampaio. Questionado sobre o facto de Sampaio nem sempre ter sido consensual para governos do PSD, Passos Coelho respondeu que “há tempo para se falar das coisas”, não sendo este o momento para isso.

“As pessoas são pessoas no seu todo. Todos temos coisas no nosso passado que são mais polémicas, outras são menos. Não é isso que sobressai hoje e não seria isso seguramente que eu gostava de se fazer sobressair no comentário que haveria de fazer quando venho prestar uma homenagem à sua memória”, afirmou.

Já Assunção Esteves recordou que conheceu Jorge Sampaio quando fez o estágio de advocacia e que tinha o antigo Presidente da República como um homem “que ligava o coração ao pensamento” e que “esse é o futuro”.

“O mundo só mudará quando começarmos a ligar o coração ao pensamento e quando as pessoas têm um poder como ele teve nas muitas funções que exerceu, isso acaba por ter um efeito multiplicador e não é por acaso que estão aqui tantas pessoas”, enalteceu.

Por seu turno, Isaltino Morais disse que Sampaio “foi democrata antes de Portugal ser uma democracia” e que foi “alguém que ao longo dos anos se constituiu como referência”, razão pela qual quis prestar homenagem ao legado do antigo chefe de Estado. Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias O Governo decretou três dias de luto nacional, entre sábado e segunda-feira, e cerimónias fúnebres de Estado.

 

 

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