Raimundo lembra quota de responsabilidade de Pedro Nuno Santos na falta de obras no IP8

O secretário-geral do PCP destacou hoje a “quota de responsabilidade” do líder do PS, Pedro Nuno Santos, enquanto ex-ministro das Infraestruturas, na falta de conclusão das obras do IP8 no Alentejo e assinalou o prejuízo para a região.

Raimundo lembra quota de responsabilidade de Pedro Nuno Santos na falta de obras no IP8

“Está aqui à vista. Não vale a pena estar a desenvolver muito, basta a imagem para perceber o que ficou por fazer”, disse Paulo Raimundo, sublinhando que “Pedro Nuno Santos, naturalmente, tem a sua quota de responsabilidade e tem de assumir essas responsabilidades”.

“O que aconteceu foi que PSD e CDS pararam a obra e o PS agarrou nessa bandeira e manteve isto tal como está. É uma vergonha e uma afronta a toda a gente que vive no distrito de Beja e no Alentejo”.

Em declarações aos jornalistas em Figueira dos Cavaleiros, junto a Ferreira do Alentejo, numa visita a um viaduto incompleto e sem avanços desde 2012, o líder da CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e PEV) não foi ao ponto de apontar o passado do atual secretário-geral do PS como “cadastro”, tal como defendeu a antiga líder do CDS Assunção Cristas, preferindo apontar também responsabilidades à direita pela travagem nesta obra.

“É uma expressão um bocado ousada de quem vem. Basta olhar para este cadastro para perceber que cadastros há muitos e são muito bem distribuídos”, retorquiu.

E visou também o antigo presidente do PSD e ex-primeiro-ministro Durão Barroso, que na sexta-feira defendeu numa ação de campanha da Aliança Democrática (AD) que não devia haver vergonha pelo que sociais-democratas e centristas fizeram no período da ‘troika’, mas sim “orgulho”.

“Ainda ontem [na sexta-feira] ouvimos uma expressão de que ‘temos muito orgulho nos tempos da troika’, alguém disse isso. Está aqui um bom exemplo do orgulho que devem ter dos tempos da ‘troika’, desses que acham que os cadastros devem ser para outros, mas que deviam ter também um peso grande na consciência”, frisou.

Paulo Raimundo lamentou ainda os “mil milhões de euros que saem dos bolsos” dos portugueses todos os anos para as parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias e reforçou que o “Estado devia chamar a si” a conclusão desta obra pela importância que pode ter “para o desenvolvimento desta região e do país”.

JGO // SSS

By Impala News / Lusa

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