Raimundo fala de resistência da CDU perante crescimento de agenda “retrógrada”
O secretário-geral do PCP afirmou hoje em Lisboa que a CDU teve “um resultado de resistência”, perante um quadro marcado pelo perigo “da intensificação da agenda retrógrada, neoliberal e antissocial”.

Paulo Raimundo disse que a eleição de três deputados pela CDU (coligação que junta comunistas e “Os Verdes”) é “um resultado de resistência”, admitindo que o carinho e respeito com que foram acolhidos durante a campanha não se traduziu nos votos que precisavam.
“Nós precisamos de resistir para avançar. O primeiro passo está dado. Resistimos e agora vamos procurar avançar”, disse o secretário-geral do PCP, que começou a falar à comunicação social acreditando na eleição do quarto deputado, que não se viria a confirmar ainda no decorrer das suas declarações, perdendo um mandato face a 2024.
O líder comunista assumiu que a maioria da Assembleia da República composta por AD, Chega e Iniciativa Liberal (IL), “independentemente dos arranjos que se venham a verificar entre essas forças, comportam o perigo da intensificação da agenda retrógrada, neoliberal e antissocial”.
Recusando falar em vitória ou derrota, Paulo Raimundo apontou para um quadro exigente, antevendo um combate a uma “revisão subversiva da Constituição da República” (AD, Chega e IL têm mais de dois terços necessários para uma revisão constitucional).
O secretário-geral do PCP considerou que será necessária “uma ação comum de democratas e patriotas” para enfrentar “a política de direita”, mas escusou-se a falar sobre que diálogo e união poderá haver à esquerda, dizendo apenas que a CDU tomará a iniciativa e não ficará à espera de ninguém.
JGA // PC
By Impala News / Lusa
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