Qatar diz que morte de número dois do Hamas dificulta libertação de reféns

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, garantiu hoje que o assassinato do número dois do movimento islâmico palestiniano Hamas, Saleh al-Araoui, dificulta as negociações para a libertação dos reféns detidos em Gaza.

Qatar diz que morte de número dois do Hamas dificulta libertação de reféns

“O facto de um dos principais líderes do Hamas ter sido assassinado é algo que afeta um processo tão complicado, mas não vamos desistir. Estamos a avançar”, disse o responsável pela diplomacia do Qatar numa conferência de imprensa em Doha com o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, que está em viagem pelo Médio Oriente.

Na terça-feira, um atentado bombista atribuído a Israel matou al-Araoui e outras seis pessoas num bairro a sul de Beirute.

Mohammed bin Abdulrahman al-Thani confirmou que as negociações para libertar os reféns “estão em andamento”, apesar dos “desafios e dos altos e baixos ao longo do processo”.

“Continuamos as nossas discussões com as diferentes partes e tentaremos chegar a um acordo que possa levar a um cessar-fogo, aumentar a ajuda humanitária e à libertação dos reféns”, afirmou o chefe da diplomacia do Qatar, país que acolhe o gabinete político de Hamas há uma década.

O ministro lembrou que um cessar-fogo na Faixa de Gaza ajudaria a controlar a guerra e afirmou que os Estados Unidos e o Qatar estão a concentrar esforços para conseguir “o termo das hostilidades e a libertação dos reféns”.

Al-Thani disse ainda esperar que Washington use a sua influência para “acabar com o conflito e alcançar uma solução sustentável que dê aos palestinianos os seus direitos e o seu próprio Estado”.

O ataque do grupo islamita Hamas, em 07 de outubro, que incluiu o lançamento de foguetes e a infiltração simultânea de milhares de milicianos, causou a morte de 1.200 pessoas e resultou no rapto de outras 250 em colonatos judaicos nos arredores da Faixa de Gaza.

A resposta israelita provocou um elevado nível de destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, com o Hamas a registar mais de 22.800 mortos pelos bombardeamentos de Israel.

MAG // VAM

By Impala News / Lusa

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