Putin declara rendimentos superiores a 694 mil euros em seis anos a caminho das presidenciais

O Presidente russo, Vladimir Putin, apresentou hoje a sua declaração de rendimentos dos últimos seis anos num valor superior a 694 mil euros, um procedimento necessário para os candidatos às eleições presidenciais de março.

Putin declara rendimentos superiores a 694 mil euros em seis anos a caminho das presidenciais

Segundo informação da Comissão Eleitoral Central (CEC), os rendimentos mensais do governante russo e candidato à reeleição rondaram os 9.650 euros.

Entre as fontes de rendimento, a declaração de Putin inclui, a par do salário, rendimentos de depósitos bancários e obrigações, a sua pensão militar e a venda de propriedades.

Putin conta ainda com um apartamento de 77 metros quadrados, um lugar de estacionamento coberto de 18 metros quadrados e três automóveis, além de 10 contas bancárias com mais de 560 mil euros e 230 ações do banco “Sankt Peterburg”.

De acordo com a lei eleitoral russa, a declaração de rendimentos é um requisito obrigatório para os candidatos presidenciais.

A oposição ao Kremlin (Presidência russa) tem denunciado desde há vários anos que Putin tem um sumptuoso palácio nas margens do Mar Negro e, na véspera da entrega da declaração de rendimentos, publicou um vídeo com imagens de uma residência presidencial secreta num parque natural no noroeste do país.

Os restantes três candidatos presidenciais registados até ao momento são o comunista Nikolái Jaritónov, o ultranacionalista Leonid Slutski e o representante do Novo Povo, Vladislav Davankov, que também apresentaram as respetivas declarações de rendimentos.

Vladimir Putin está no poder desde 2000 e pretende garantir um quinto mandato presidencial, depois de também ter ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012.

Segundo as sondagens locais, Putin deverá vencer as eleições presidenciais de março com mais votos face a 2018, quando garantiu cerca de 76% dos sufrágios.

A oposição russa, cujo líder Alexei Navalny cumpre 30 anos de prisão num estabelecimento penitenciário no Ártico, acusa o Kremlin de preparar uma fraude eleitoral através do voto eletrónico, ao qual vão ter acesso um terço dos eleitores recenseados durante os três dias da votação, previstos entre 15 e 17 de março.

PL // SCA

By Impala News / Lusa

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