Putin condena atentado no Irão “chocante pela sua crueldade”

O Presidente russo Vladimir Putin condenou hoje o atentado “chocante pela sua crueldade” perpetrado esta manhã no Irão e que provocou pelo menos 103 mortos junto ao túmulo de um general assassinado em 2020.

Putin condena atentado no Irão

“O assassínio de pessoas pacíficas que visitavam um cemitério é chocante pela sua crueldade e o seu cinismo”, lamentou em mensagem enviada ao seu homólogo iraniano Ebrahim Raissi, e ao ayatollah Ali Kamenei, indicou o Kremlin.

“Condenamos o terrorismo sob todas as formas”, acrescentou o Presidente russo na mensagem ao seu aliado.

Através de um comunicado, Ebrahim Raissi também condenou o duplo atentado bombista perto do túmulo do general dos Guardas da Revolução Qassem Soleimani, denunciando um ato “cobarde” e “odioso”.

“Não há dúvida que os autores deste ato cobarde serão em breve identificados e punidos pelas forças de segurança e as forças da ordem competentes, pelo seu ato odioso”, indicou o Presidente iraniano.

O Irão divulgou um novo balanço de 103 mortos num ataque durante uma homenagem ao general Qassem Soleimani e decretou um dia de luto nacional na quinta-feira, noticiaram os meios de comunicação oficiais.

A dupla explosão teve lugar perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo do general Soleimani, em Kerman, no sul do Irão.

Uma multidão compacta de representantes do regime e de pessoas anónimas tinha-se reunido no local para uma cerimónia comemorativa, segundo a agência francesa AFP.

As autoridades iranianas contabilizaram também 141 feridos.

“O número de mortos subiu para 103, depois de alguns terem sucumbido aos ferimentos”, noticiou a agência oficial Irna, acrescentando que alguns dos feridos se encontravam em “estado crítico”.

O ataque foi descrito como um ato terrorista por Rahman Jalali, vice-governador da província de Kerman, no sul do Irão.

Não foi feita qualquer reivindicação imediata de responsabilidade.

“Na sequência do ataque terrorista em Kerman, o Governo declarou amanhã [quinta-feira] um dia de luto nacional em todo o país”, noticiou a televisão oficial.

Qassem Soleimani foi morto em janeiro de 2020, aos 62 anos, num ataque de um ‘drone’ (avião sem tripulação) norte-americano no Iraque.

Figura-chave do regime iraniano, era também uma das figuras públicas mais populares do país.

Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone entre os apoiantes da teocracia iraniana, segundo a agência norte-americana AP.

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By Impala News / Lusa

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