Polícia israelita vai armar mais civis para defender as cidades

A polícia israelita anunciou hoje que vai começar a armar civis para acelerar a resposta a possíveis atentados e situações de crise nas cidades do país, no décimo dia de guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.

Polícia israelita vai armar mais civis para defender as cidades

O chefe da polícia, Kobi Shabtai, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, “decidiram alargar a todas as cidades as unidades de intervenção de emergência que operam sob os auspícios da polícia”, informa segundo um comunicado conjunto.

As “347 novas unidades” serão constituídas por “13.200 civis que se voluntariam para se juntar à polícia, que serão inscritos e receberão uma espingarda e equipamento de proteção”, segundo a mesma fonte.

Há anos que as localidades fronteiriças de Israel dispõem de unidades deste tipo, constituídas por veteranos do exército que recebem armas e formação e atuam em caso de ataques ou emergências em coordenação com o exército ou a polícia.

Israel está em guerra desde que, a 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra cidades israelitas próximas da fronteira da Faixa de Gaza, que o movimento islamita controla desde 2007.

O ataque e os combates que se seguiram causaram a morte de mais de 1.400 israelitas, na sua maioria civis.

Israel comprometeu-se a destruir o Hamas e respondeu com uma intensa campanha de bombardeamentos sobre Gaza, que já matou cerca de 2.750 pessoas, segundo as autoridades locais.

Nos dias que se seguiram ao atentado, a polícia comprou mais de 6.000 espingardas para 566 novas unidades de intervenção civil que criou, refere o comunicado, com prioridade para as “cidades fronteiriças, grandes cidades e cidades mistas (árabes e judaicas)”, que necessitam urgentemente destas forças.

Para além das novas unidades, o gabinete de Ben Gvir está a trabalhar no sentido de flexibilizar os critérios para a obtenção de licenças de porte de arma, de modo a que as pessoas com formação militar básica que vivam ou trabalhem em zonas de conflito possam ter armas.

A sessão parlamentar de domingo à noite, que aprovou estas novas diretivas, revelou que, desde 7 de outubro, cerca de 41.000 israelitas solicitaram uma licença de porte de arma, um número que ultrapassa em muito os 38.000 pedidos anuais.

O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.

AL // RBF

By Impala News / Lusa

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