PM iraquiano nos EUA para se encontrar com Biden no meio de tensões com Irão

O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, viajou hoje para Washington para se reunir na segunda-feira com o Presidente norte-americano, Joe Biden, num momento de tensão no Médio Oriente perante um possível ataque do Irão contra Israel.

PM iraquiano nos EUA para se encontrar com Biden no meio de tensões com Irão

“O primeiro-ministro, Mohamed Shia al Sudani, deixou a capital, Bagdade, com destino aos Estados Unidos, liderando uma delegação governamental e parlamentar, e representantes do setor privado, no início de uma visita oficial a convite do presidente americano, Joseph Biden”, indicou hoje o gabinete de al-Sudani num breve comunicado.

Em 22 de março, quando a visita foi anunciada, a Casa Branca, embora não tenha indicado os temas que serão abordados na reunião, afirmou que os dois líderes “reafirmarão o compromisso com o Acordo-Quadro Estratégico e aprofundarão a sua visão comum” de um Iraque “seguro, soberano e próspero, totalmente integrado na região”.

Os dois líderes manterão consultas sobre uma série de questões, como o diálogo em curso sobre a saída do Iraque da coligação internacional anti-jihadista liderada por Washington e “as reformas financeiras iraquianas em curso para promover o desenvolvimento económico e o progresso no sentido da independência energética e da modernização do Iraque”.

Segundo a Casa Branca, os Estados Unidos “querem que o Iraque reduza a sua dependência da energia do Irão”.

Al-Sudani, figura próxima do Irão, reiterou em diversas ocasiões a oferta de mediação entre Teerão e o mundo, posição que poderá ser de grande relevância neste momento para evitar um possível ataque do país persa contra Israel.

O Irão prometeu uma resposta contra Israel depois do bombardeamento israelita de 08 deste mês ao consulado iraniano em Damasco, onde residia o embaixador do Irão na Síria.

Por outro lado, o Iraque é frequentemente um campo de batalha para ataques dirigidos contra as forças dos Estados Unidos levados a cabo por milícias pró-Irão presentes em território iraquiano e sírio.

No Fórum de Davos, em janeiro passado, al-Sudani manifestou preocupação com a escalada da guerra na região e sublinhou que o Iraque “não deve ser um ponto de partida para atacar” os países vizinhos.

 

JSD // FPA

By Impala News / Lusa

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