Pelo menos quatro mortos em nova vaga de ataques russos a cidades ucranianas

Pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas na sequência de uma nova vaga de ataques aéreos lançados nas últimas horas pelas forças russas contra várias cidades ucranianas, informaram as autoridades da Ucrânia.

Pelo menos quatro mortos em nova vaga de ataques russos a cidades ucranianas

O gabinete do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, especificou que os ataques afetaram as regiões de Kharkiv, Dnipropetrovsk, Zaporijia e Khmelnytskyy.

Segundo a polícia nacional ucraniana, pelo menos uma pessoa morreu e outras 28 ficaram feridas nas cidades de Krivoi Rog e Novomoskovsk, na região de Dnipropetrovsk.

Em Zaporijia, outras cinco pessoas ficaram feridas e ocorreram danos em infraestruturas civis.

Os ataques russos na região de Khmelnitsky deixaram dois mortos, enquanto em cidades da região de Kharkiv, como Zmiv, foram registados pelo menos uma vítima mortal e seis feridos, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

O comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, general Valerii Zaluzhnyi, destacou que as defesas aéreas conseguiram abater cerca de oito ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) e 18 mísseis de cruzeiro ao longo da manhã de hoje.

O Governo da Ucrânia condenou esta nova vaga de bombardeamentos e sublinhou que a Rússia pagará por cada uma das pessoas que matou ou feriu nesta guerra, que irá completar dois anos dentro de pouco mais de um mês.

“Os terroristas russos lançaram ataques com mísseis contra a Ucrânia. Usaram mísseis de cruzeiro e ‘drones’ contra Zaporijia, Novomoskovsk, Kryvyi Rih e a região de Kharkiv. Há mortes e feridos. As equipas de resgate estão a trabalhar no terreno a remover destroços e a ajudar as vítimas”, disse o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmyhal, na rede social Telegram.

“As minhas mais profundas condolências a todos aqueles que perderam familiares e entes queridos. A Rússia será responsável por cada ato terrorista, por cada vida ceifada ou mutilada. Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance”, sublinhou Shmyhal.

Por seu lado, o Ministério da Defesa russo reconheceu que as suas Forças Armadas realizaram “um ataque coletivo” contra “instalações do complexo militar-industrial ucraniano”, sublinhando que há centenas de soldados ucranianos mortos.

Segundo um comunicado do Ministério da Defesa russo, só nas últimas 24 horas, as forças russas mataram ou feriram mais de 250 soldados ucranianos em Donetsk, outros 60 em Kiev, mais 340 na linha da frente entre Kupiansk e Liman, e outros 170 em Zaporijia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

CSR // SCA

By Impala News / Lusa

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