Pedro Nuno faz veemente apelo à “maioria invisível” que votou PS em 2022

O secretário-geral do PS fez hoje um veemente apelo aos eleitores da “imensa maioria invisível” que deu a vitória aos socialistas em 2022, assumiu insatisfação nesse eleitorado, mas defendeu que a crise de inflação foi ultrapassada.

Pedro Nuno faz veemente apelo à

Esta posição foi transmitida por Pedro Nuno Santos no discurso que proferiu num almoço-comício em Marco de Canaveses, depois da intervenção do cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis, e antes de esta tarde fazer a tradicional arruada em Santa Catarina, na baixa da segunda cidade do país.

“O que está em causa no dia 10 de março é demasiado importante para desperdiçarmos ficando em casa. Dirijo-me aos que votaram no PS em 2022. Sabemos as dificuldades destes últimos dois anos, a crise inflacionistas encolheu os rendimentos. Mas nós, juntos, conseguimos ultrapassar esta crise inflacionista, como já tínhamos conseguido ultrapassar a crise da pandemia [da covid-19]”, sustentou.

Segundo o secretário-geral do PS, o Governo ultrapassou as crises sem atingir quem trabalha e sem atingir quem trabalhou uma vida inteira”.

“Confiem no PS, confiem em mim, não fiquem em casa”, afirmou.

Para Pedro Nuno Santos, essa “imensa maioria invisível” que votou no PS nas eleições legislativas de 2022 “tem memória, mas não tem voz nem na televisão nem nas redes sociais e está sub-representada nas sondagens”.

“Que esta maioria invisível, que votou no PS em 2022, use a sua voz, use o seu voto para termos uma grande vitória nas eleições. Não queremos uma mudança para trás. Se mobilizarmos essa maioria invisível, é o PS quem ganha as eleições no domingo”, acentuou.

A seguir, traçou uma linha de demarcação com a AD (Aliança Democrática) em relação à política de rendimentos, dizendo que os seus adversários só em campanha falam em aumentos salariais e agora querem “reconciliar-se” com os pensionistas.

“Nós não falamos só de salários em campanha, nós praticamos aumentos salariais. Nós praticamos aumentos de pensões. Eles queriam tornar os cortes nas pensões permanentes”, disse, numa alusão ao período da troika com o executivo de Pedro Passos Coelho.

O secretário-geral do PS voltou a criticar o presidente do PSD, Luís Montenegro, por ter introduzido o discurso sobre as mulheres na quarta-feira à noite.

“As mulheres não são uma nota de rodapé nos discursos do PS, não são acessório para as campanhas. São o centro da nossa intervenção política por respeito”, assinalou.

Em Portugal, de acordo com Pedro Nuno Santos, as mulheres trabalham o dobro em relação aos homens ainda hoje em 2024″.

“A maioria esmagadora das mulheres cuida das nossas crianças, dos mais idosos e das pessoas com deficiência. É preciso valorizar as mulheres. Na hora de progredir na carreira, as mulheres ficam para trás e os homens seguem caminho. As mulheres não são um acessório no nosso discurso, nós não falamos porque um assessor nos disse que era para se falar”, declarou, numa nova alusão crítica ao líder social-democrata, Luís Montenegro.

Logo nas suas primeiras palavras, o secretário-geral do PS saudou a RTP pelo seu aniversário, hoje, salientando o caráter público desta televisão, mas também o cabeça de lista socialista pelo Porto.

“É muito bom fazer este caminho com Francisco Assis”, acentuou, antes de destacar o socialista Nuno Araújo, seu amigo e um dos seus principais conselheiros políticos, assim como os ferroviários da região do Porto, “gente que se entrega ao trabalho”.

 

PMF // JPS

By Impala News / Lusa

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