PCP diz que Governo devia ser ágil a responder às reivindicações como a abrir processos às polícias

O secretário-geral do PCP criticou hoje a rapidez com que o governo abriu processos às forças de segurança, considerando que deveria ser “tão ágil” a responder às suas reivindicações.

PCP diz que Governo devia ser ágil a responder às reivindicações como a abrir processos às polícias

“Um governo tão ágil a abrir processos disciplinares e a averiguar deveria aproveitar essa rapidez para, no mínimo, abrir caminhos para a resolução dos problemas que os profissionais estão a enfrentar”, defendeu Paulo Raimundo na Guarda, onde participou numa sessão pública da CDU.

O líder do PCP considerou que “são justas reivindicações, de reconhecimento e valorização do trabalho” dos profissionais das forças de segurança, sublinhou.

Paulo Raimundo defendeu que “um governo de gestão tem todas as condições de responder, no mínimo abrir caminhos”. “Foi o mesmo governo de gestão que na semana passada decidiu, na teoria, vamos ver na prática, atribuir 500 milhões de euros aos agricultores. Fez bem. Mas é um governo de gestão”, argumentou.

O dirigente comunista salientou que há “milhares e milhares de força de segurança na rua, com o que isso tem de pressão e de sentimento de injustiça”.

“Não é uma situação para que um governo qualquer, com bom senso, responder de imediato, nem que fosse abrir caminhos para o futuro?”, questionou.

Na sessão pública realizada no Centro Cultural e Social de São Miguel, na Guarda, Paulo Raimundo, reiterou a ideia de que o PS e PSD não são iguais e têm “grandes diferenças de fundo”, mas quando “chega a altura de optar pelos interesses dos grupos económicos e a vida das pessoas juntam-se todos”.

De passagem este domingo pelos concelhos da Guarda e da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, o líder do PCP tem na agenda uma reunião com a Plataforma pela reposição das SCUT nas A23 e A25.

Na Guarda, Paulo Raimundo lembrou a promessa do líder do PS, Pedro Nuno Santos, de abolir as portagens. “O PS teve oportunidade de resolver o problema, desde logo com as nossas propostas e também teve dois anos de maioria absoluta, podia ter tido a iniciativa de resolver. E não resolveu. E agora vem prometer que vai resolver? Ainda bem”, salientou.

Na sua opinião, a CDU é a única força que pode “obrigar a que essa promessa se concretize”. “Deem mais força à CDU que nós vamos obrigar a que todas as promessas que estão a ser feitas hoje sejam cumpridas”, destacou.

Na intervenção aos militantes e simpatizantes da CDU, Paulo Raimundo sublinhou ainda que a “CDU será a grande muralha contra a direita e as suas opções”. “Podem vir agora com mil cantigas, mil caras novas a verdade é que foram o PSD e CDS e todos aqueles que lá estavam na altura, que impuseram o caminho desastre ao país”.

Argumentou que “o caminho só foi travado com o papel do PCP e da CDU”.

“Passados estes anos que nos separam de 2015, voltamos a dizer que temos muito orgulho em termos sido os principais protagonistas de ter posto fora do governo o PSD e o CDS”, sustentou.

O candidato da CDU pelo círculo da Guarda, José Pedro Branquinho, destacou na sessão as prioridades para o distrito da Guarda como a reabertura imediata da Linha da Beira Alta e da Linha do Douro até Barca D’Alva, a abolição das portagens, o investimento na agricultura familiar e a construção de uma residência para estudantes do Instituto Politécnico. “O distrito da Guarda está cheio de potencialidades e há muito que a CDU vem colocando a necessidade de aproveitamento dos recursos, do investimento e da valorização de quem trabalha”, sustentou o candidato pela CDU à Assembleia da República.

EDYG // JPS

By Impala News / Lusa

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