PCP diz que “a única coisa” que a direita oferece é “o regresso à troika”

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que “a única coisa” que os partidos de direita têm para oferecer aos portugueses nas eleições de 10 de março é “o regresso à troika”, deixando críticas ao PS.

PCP diz que

“A única coisa que PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal têm para oferecer é o regresso a 2011. O regresso à troika. Essa troika dos cortes das reformas dos salários, essa troika do maior aumento de impostos, essa troika do corte no subsídio de Natal”, salientou Paulo Raimundo.

Num comício da Juventude CDU no Largo da Graça, em Lisboa, o líder comunista observou que votar na direita é voltar aos “tempos sombrios”, onde os “jovens foram obrigados a emigrar”.

Pedindo votos para a CDU nas próximas eleições legislativas, Paulo Raimundo indicou que na coligação que junta o PCP ao Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) “não há traições”.

“Aqui está a garantia, está o voto que faz frente àqueles que são responsáveis pelas brutais condições em que muitos vivemos que são os grupos económicos. Do PS, só se pode esperar aquilo que foi a prática do que foram estes dois anos da maioria absoluta e mais nada”, vincou.

Antes de subir ao palanque, Paulo Raimundo, questionado sobre a sua entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, na qual disse que o seu partido queria “ir para o Governo”, explicou que não se trata de chegar a um acordo de coligação com o PS.

“Nós temos um projeto, um programa, que apresentamos ao país e a quem cá vive e trabalha no nosso país. E é com esse projeto que queremos governar”, referiu.

Paulo Raimundo, no entanto, recordou que o PCP “nunca faltou a nenhum momento que fosse positivo”.

“Quando foi preciso dizer sim, o PCP e a CDU nunca disseram não. Foi assim em 2015, quando dissemos sim para afastar o PSD e o CDS do Governo. Dissemos sim, quando foi preciso recuperar aquilo que tinha sido roubado. Dissemos sim para conquistar coisas novas que eram necessárias: as creches, os passes, o aumento extraordinário de reformas e o fim do PEC [Pacto de Estabilidade e Crescimento] e quando foi preciso dizer não, dissemos não quando fomos confrontados com orçamentos que deixavam três questões fundamentais por resolver: saúde, habitação e salários”, sustentou.

O secretário-geral do PCP concluiu que o partido quer “influenciar e ter um papel determinante” na vida de “quem trabalha e trabalhou uma vida inteira”.

JML // PC

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS