PC Chinês promete estimular consumo doméstico em 2024 para impulsionar economia

A China vai procurar “estimular a procura interna e consolidar a recuperação económica em 2024”, concluiu hoje a cúpula do Partido Comunista da China (PCC), numa reunião presidida pelo líder do país, Xi Jinping.

PC Chinês promete estimular consumo doméstico em 2024 para impulsionar economia

O Comité Permanente do Politburo, o mais alto órgão de decisão do PCC, garantiu que o país vai continuar com “uma política monetária prudente e uma política fiscal pró-ativa” no próximo ano, de acordo com os órgãos estatais.

“A China vai ganhar vitalidade económica, prevenir e resolver os riscos, melhorar as perspetivas sociais, consolidar e reforçar a recuperação económica e continuar a promover a melhoria efetiva da qualidade e do crescimento da economia”, apontou a cúpula do poder chinês, num comunicado difundido pela agência noticiosa oficial Xinhua.

O PCC estipulou que são necessários “esforços” para “expandir a procura interna” e promover o consumo e o investimento.

“Este é o ano da recuperação após três anos de prevenção e controlo contra a covid-19. Resistimos às pressões externas e ultrapassámos as dificuldades internas. Agora é tempo de expandir a procura interna, otimizar a estrutura económica, reforçar a confiança e prevenir e desativar os riscos”, lê-se no texto.

A mesma nota assegurou que a economia do país regista “progressos sólidos” com “bases para um desenvolvimento seguro”.

“Temos de continuar a dar um forte impulso ao desenvolvimento de alta qualidade. É necessário alargar a abertura de alto nível ao mundo exterior e consolidar os fundamentos do comércio externo e do investimento estrangeiro”, defendeu o PCC.

Nos últimos meses, Pequim tentou estimular a fraca recuperação económica pós-pandemia, face à crise imobiliária, riscos da dívida das administrações locais, fraco crescimento global e tensões geopolíticas.

A agência de notação financeira Moody’s afirmou esta semana que vê “cada vez mais indícios” de que Pequim vai prestar “apoio financeiro” aos governos locais e regionais que enfrentam problemas de liquidez, o que “colocará em risco a força fiscal, económica e institucional da China”, com perigos também num possível abrandamento “estrutural e persistente” do crescimento.

No entanto, a empresa manteve a notação A1 para a dívida chinesa, considerando que Pequim dispõe de recursos financeiros e institucionais suficientes para “gerir esta transição de forma ordenada”, e que a grande dimensão da sua economia é também uma proteção contra a absorção destes riscos.

A economia chinesa vai crescer 5,4% este ano, mas abrandará para 4,6% em 2024, devido à “fraqueza contínua” do mercado imobiliário e à “fraca” procura externa, previu em novembro o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O FMI indicou que, a médio prazo, as suas projeções para a China apontam para uma diminuição gradual da taxa de crescimento para cerca de 3,5%, em 2028, devido a fatores como a “fraca produtividade” ou o envelhecimento da população.

 

JPI // CC

By Impala News / Lusa

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