PAN/Açores só decide sentido de voto após conhecer Programa do Governo

O porta-voz do PAN/Açores, Pedro Neves, disse hoje que só decidirá o sentido de voto do Programa do Governo depois de conhecer o documento, mas criticou a falta de diálogo da coligação PSD/CDS/PPM.

PAN/Açores só decide sentido de voto após conhecer Programa do Governo

“Não vou dizer qual é o sentido de voto, porque não temos qualquer documento, nem a indigitação de governo nenhum”, afirmou, em declarações aos jornalistas.

Pedro Neves, que é também deputado único do PAN na região, falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, à saída de uma audição com o representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino.

A coligação PSD/CDS/PPM (atualmente no poder) venceu as eleições regionais, no dia 04, com 43,56% dos votos, mas elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa, precisando de mais três para ter maioria absoluta.

O PS, que elegeu 23 deputados, e o BE, que elegeu um, já anunciaram que votarão contra um Programa do Governo da coligação, enquanto o Chega, que elegeu cinco, fez depender o seu voto do conteúdo do documento e da composição do executivo, e a IL, que elegeu um, também remeteu a decisão para depois de conhecer o documento.

À saída da reunião com Pedro Catarino, o porta-voz regional do PAN, o último partido a ser ouvido nas audições, disse lamentar que alguns partidos tenham anunciado o seu sentido de voto antes de conhecerem o documento.

“O PS vai votar contra para dar mais oportunidade ao Chega para ser governo. Não consigo compreender como é que as ideologias estão à frente dos açorianos”, apontou.

Pedro Neves acusou ainda a coligação PSD/CDS/PPM de estar “de costas voltadas para todos os partidos”, alegando que um governo minoritário “precisa de falar e discutir com todos os partidos políticos”.

“A coligação não está a falar com ninguém, está na sua casca, na sua bolha política […]. Se virmos nas entrelinhas, quer ir a eleições novamente, mas não vamos brincar com a Região Autónoma dos Açores, nem com os açorianos. Não é irmos a eleições as vezes que forem necessárias até termos os resultados que nós queremos”, frisou.

Sem “um diálogo partidário sério”, acrescentou, será difícil que a legislatura chegue ao fim.

CYB // ROC

Lusa/fim

By Impala News / Lusa

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