PAN diz que país não pode ficar refém de maiorias absolutas

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu hoje a necessidade de haver mais pluralidade na Assembleia da República, considerando que o país não pode ficar refém de maiorias absolutas nem de alianças “muito pouco democráticas”.

PAN diz que país não pode ficar refém de maiorias absolutas

Em Braga, no final de uma visita ao Centro Novais e Sousa, que atende pessoas com deficiência mental, Inês Sousa Real acrescentou que, com a legislatura que agora termina, “já ficou bastante claro que uma maioria absoluta não serve o país e que o voto chamado voto útil foi um voto absolutamente inútil”.

“Em democracia, é fundamental não deixarmos o país refém nem de maiorias absolutas, nem de alianças muito pouco democráticas que fazem retroceder os direitos das pessoas”, referiu.

Lembrou que o PS já teve uma maioria absoluta e “foi uma oportunidade desperdiçada”.

“O PS traiu a confiança dos eleitores quando trouxe uma instabilidade política para o país que o país não tinha atravessado ainda. Tivemos casos e casinhos que sucederam, tivemos falta de transparência, tivemos também questões associadas à corrupção, o que põe em causa a confiança dos nossos concidadãos nas instituições e no poder político”, apontou.

Por isso, apelou a “mais pluralidade” na Assembleia da República, com “mais representação de partidos políticos como o PAN”.

Sobre a participação, na terça-feira, do antigo líder do CDS-PP Paulo Portas na campanha da Aliança Democrática (AD), Inês Sousa Real disse que “parece o regresso ao passado” e a políticas que puseram o país “numa situação de aperto” e de asfixia para famílias e empresas.

“Não queremos o regresso a esse tipo de políticas. Precisamos, sim, de olhar para o futuro, garantir que damos confiança às pessoas, à economia e ao desenvolvimento social, mas numa transição para uma economia verde”, sublinhou.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza acusou ainda a AD de “revivalismo das touradas e do tiro aos pombos”, práticas que classificou de “monstruosidades cruéis”.

“É claramente uma visão curta e uma visão errada daquilo que é o mundo rural. Para quem confunde o mundo rural com a crueldade das touradas ou até mesmo com a crueldade do tiro ao pombo claramente não percebe as necessidades que os nossos agricultores têm, a necessidade de promovermos uma agricultura de subsistência e soberania alimentar e promovermos também a agricultura biológica no nosso país”, considerou.

Para a líder do PAN, um voto na AD ou no Chega é “um voto contra direitos humanos fundamentais, contra o progresso do país, contra a civilização”.

A propósito da visita ao Centro Novais e Sousa, onde assistiu a um “miniconcerto” de bombos pelos utentes, visitou uma horta e deu uns pontapés na bola, Inês Sousa Real defendeu que é preciso colocar o tema da inclusão nas agendas políticas, para apoiar aquelas instituições, designadamente as que trabalham na área da saúde mental e na autonomia dos utentes.

Disse que é necessário canalizar fundos para aquelas instituições e criticou o alegado desaproveitamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Irmos mais longe na próxima legislatura é garantir que estas pessoas não continuam sem ter um apoio do Estado em matéria de inclusão social e laboral”, afirmou, alertando para o perigo de “forças políticas antidemocráticas, que põem em causa os apoios sociais e os direitos sociais”, disse ainda.

VCP // ACL

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS