ONU confirma que número de civis mortos na Ucrânia ultrapassou 3 mil

A ONU confirmou que pelo menos 3.153 civis morreram e mais de 3.000 ficaram feridos em pouco mais de dois meses de guerra na Ucrânia, sublinhando que os números reais podem ser muito superiores.

ONU confirma que número de civis mortos na Ucrânia ultrapassou 3 mil

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), dirigido por Michelle Bachelet, insiste que a maioria das vítimas civis morreram ou ficaram feridas devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de ‘rockets’, mísseis e bombardeamentos aéreos. O balanço de hoje representa um aumento de 254 mortos em relação a sexta-feira, e o ACNUDH teme que os números das vítimas da guerra na Ucrânia, que entrou hoje no seu 68.º dia, aumentem consideravelmente quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates. O direito internacional considera que os ataques perpetrados contra civis e infraestruturas não-militares num conflito constituem crimes de guerra.

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A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas de suas casas – mais de 7,7 milhões de deslocados internos e mais de 5,5 milhões para os países vizinhos –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia. A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

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