Quem são os novos ministros da Defesa, Economia, Saúde e Cultura?

O primeiro-ministro informou que Azeredo Lopes é substituído por João Gomes Cravinho (Defesa); Caldeira Cabral por Pedro Siza Vieira (Economia); Campos Fernandes por Marta Temido (Saúde) e Castro Mendes por Graça Fonseca.

Quem são os novos ministros da Defesa, Economia, Saúde e Cultura?

O primeiro-ministro fez hoje a maior remodelação no Governo, envolvendo quatro ministérios, com a substituição, na Defesa, de Azeredo Lopes por João Gomes Cravinho, e na Economia, de Manuel Caldeira Cabral por Pedro Siza Vieira.

O primeiro-ministro propôs ainda as mudanças do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, substituído por Marta Temido, e do ministro da Cultura, pasta em que Graça Fonseca sucede a Luís Filipe Castro Mendes – nomeações já aceites pelo Presidente da República.

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Com as mudanças agora operadas, o número de ministros desce de 17 para 16, já que Pedro Siza Vieira passa a ser ministro Adjunto e da Economia. De referir, ainda, que no XXI Governo Constitucional aumenta o número de ministras de três para cinco.


João Cravinho, ministro da Defesa

Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Oxford, e com mestrado e licenciatura pela London School of Economics, João Gomes Cravinho é atualmente embaixador da União Europeia no Brasil, desde agosto de 2015, tendo desempenhado o mesmo cargo na Índia entre 2011 e 2015.

Entre março de 2005 e junho de 2011, João Gomes Cravinho foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação nos XVII e XVIII governos constitucionais liderados por José Sócrates.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, numa nota à comunicação social, transmitiu que aceitou a demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, em respeito pela sua “dignidade” e “honra” e para a preservação da “importância fundamental” das Forças Armadas.

Esse pedido de demissão, refere o líder do executivo, foi apresentado em termos que não podia recusar “em respeito pela sua dignidade, honra e bom nome, e para a preservação da importância fundamental das Forças Armadas como traves-mestras da soberania e identidade nacional no quadro de uma sociedade democrática e moderna”.

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“Quero publicamente agradecer ao Professor Doutor José Alberto de Azeredo Lopes a dedicação e empenho com que serviu o país no desempenho das suas funções”, acrescenta o primeiro-ministro.

Na carta enviada ao primeiro-ministro, a que a agência Lusa teve acesso, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, alega que se demitiu do Governo para evitar que as Forças Armadas sejam “desgastadas pelo ataque político” e pelas “acusações” de que disse estar a ser alvo por causa do processo de Tancos.

“Não podia, e digo-o de forma sentida, deixar que, no que de mim dependesse, as mesmas Forças Armadas fossem desgastadas pelo ataque político ao ministro que as tutela”, referiu Azeredo Lopes,

O ministro cessante voltou a negar que tenha tido conhecimento, “direto ou indireto, sobre uma operação em que o encobrimento se terá destinado a proteger o, ou um dos, autores do furto”.

Quanto ao momento em que decidiu sair, Azeredo Lopes explicou que quis aguardar pela finalização da proposta de Orçamento do Estado para 2019 para “não perturbar” esse processo com a sua saída.

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Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto e da Economia

Ministro Adjunto no XXI Governo Constitucional desde Outubro de 2017, Pedro Gramaxo de Carvalho Siza Vieira é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1987).

Na sua atividade académica, foi monitor na Faculdade de Direito de Lisboa e assistente na Universidade Autónoma de Lisboa e ainda, professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e da Universidade Nova de Lisboa.

Como advogado, foi sócio da Morais Leitão, J. Galvão Teles e Associados, Sociedade de Advogados e, de 2002 a outubro de 2017, sócio da Linklaters LLP, sendo Managing Partner do escritório de Lisboa desta sociedade, entre 2006 e 2016.

Entre outras funções, Pedro Siza Vieira foi membro da Direção da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal e presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem.

No plano profissional, destacou-se ainda no desempenho de funções no Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e vogal da Comissão Executiva da Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas.

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Marta Temido, a nova ministra da Saúde

Marta Temido nasceu em 1974, em Coimbra. É licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra e tem um doutoramento em Saúde Internacional. É especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e, de acordo com a Lusa, exerceu os cargos de subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e de presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa.

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Graça Fonseca, ministra da Cultura

No executivo de António Costa, esta é a segunda mudança na pasta da Cultura. Luís Filipe Castro Mendes deixa agora este lugar, sendo substituído pela secretária de Estado e dirigente socialista Graça Fonseca, que é doutorada em Sociologia pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, com mestrado em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Graça Fonseca foi Investigadora do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, entre 1996 e 2000, vereadora na Câmara Municipal de Lisboa com os pelouros da Economia, Inovação, Educação e Reforma Administrativa, entre 2009 e 2015.

Exerceu funções como chefe de gabinete do Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, entre 2005 e 2007, no primeiro Governo liderado por José Sócrates.

Os novos ministros tomarão posse esta segunda-feira, 15 de outubro, perante o Presidente da República.

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