Netanyahu reitera oposição a “soberania palestiniana” em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyhau, indicou hoje que reiterou junto do Presidente norte-americano, Joe Biden, a sua oposição à “soberania palestiniana” na Faixa de Gaza, insistindo na exigência de segurança.

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Os dois dirigentes falaram ao telefone na sexta-feira, pela primeira vez em quase um mês.

O Presidente norte-americano declarou após esta conversa que ainda era possível que Netanyahu aceitasse uma certa forma de Estado palestiniano.

Durante a conversa, “o primeiro-ministro israelita reiterou a sua política segundo a qual, uma vez destruído o Hamas, Israel deve conservar o controlo da segurança em Gaza a fim de assegurar que Gaza não constitui uma ameaça para Israel, uma exigência que contradiz o pedido de soberania palestiniana”, afirmou hoje o gabinete de Netanyahu.

Os Estados Unidos, que são o principal aliado de Israel, apelaram a Telavive para limitar o número de vítimas civis na ofensiva em Gaza. Washington reiterou também o seu apoio à criação de um Estado palestiniano.

Na sexta-feira, um porta-voz da Casa Branca, John Kirby, informou que Joe Biden “ainda acredita na perspetiva e na possibilidade” de um Estado palestiniano, mas “reconhece que será necessário muito trabalho para chegar lá”.

O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, refutou hoje as declarações de Biden sobre a possibilidade de um Estado palestiniano, considerando que se trata de uma “ilusão” que “não engana” os palestinianos.

Por seu lado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que “o direito do povo palestiniano de construir o seu próprio Estado deve ser reconhecido por todos” e que qualquer “negação” seria “inaceitável”.

“A recusa em aceitar a solução de dois Estados para israelitas e palestinianos, bem como a negação do direito a um Estado para o povo palestiniano, são inaceitáveis”, disse Guterres, durante a cimeira do Movimento dos Não-Alinhados, no Uganda.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento palestiniano a partir da Faixa de Gaza, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.140 mortos em solo israelita, a maioria dos quais civis mortos nesse dia.

Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que fez até agora 24.927 mortos, na maioria mulheres e crianças, de acordo com um balanço divulgado hoje pelas autoridades palestinianas do território.

EO // MLL

By Impala News / Lusa

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