Netanyahu quer aumento de 5 mil ME no orçamento para defesa de Israel

O primeiro-ministro de Israel, que trava uma guerra na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas, defendeu hoje que o orçamento da defesa nacional deve aumentar em cerca de 5 mil milhões de euros por ano.

Netanyahu quer aumento de 5 mil ME no orçamento para defesa de Israel

Embora o orçamento tenha aumentado em termos absolutos nos últimos anos, a percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) que representa foi reduzida, segundo afirmou Benjamin Netanyahu no discurso proferido na cerimónia de prorrogação do mandato do governador do Banco de Israel, Amir Yaron.

“Não podemos continuar com esta política. A partir de agora, devemos aumentar significativamente, incluindo em termos absolutos, [o orçamento para defesa], com um salto de pelo menos 20 mil milhões de shekels [cerca de 5 mil milhões de euros], e também atribuir uma percentagem mais elevada do PIB para satisfazer as nossas necessidades de segurança”, disse Netanyahu.

O parlamento israelita aprovou na semana passada a adição de mais 25,9 mil milhões de shekels (cerca de 6,5 mil milhões de euros) ao orçamento nacional de 2023 para ajudar a cobrir os custos da guerra contra o Hamas, verba que visa incluir as compensações a dar aos militares que estavam na reserva e os alojamentos de emergência para deslocados internos.

As autoridades israelitas alertaram que a guerra em Gaza poderá prolongar-se durante meses até atingir o objetivo de desmantelar o grupo islamita Hamas.

Além disso, a fronteira norte com o Líbano vive o seu momento mais tenso desde 2006, pelo que não pode ser descartado um confronto com o movimento xiita libanês Hezbollah.

“Temos de vencer a guerra, de desalojar o Hamas, de eliminar o Hamas, de libertar os nossos reféns, de garantir que Gaza já não representa uma ameaça para o Estado de Israel e também de garantir a estabilidade e a segurança nas outras frentes”, sublinhou Netanyahu.

A guerra entre Israel e o Hamas começou em 07 de outubro, quando o grupo islamita atacou, de surpresa e com uma força inédita, o território israelita, matando 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e fazendo mais de 200 reféns, segundo as autoridades de Telavive.

Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais no enclave palestiniano como água, ajuda alimentar, medicamentos e combustível.

Embora os dois lados tenham feito uma trégua de alguns dias para troca de prisioneiros e reféns, bem como para permitir o acesso de ajuda humanitária, os últimos dados atualizados das autoridades de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007, apontam para cerca de 19 mil mortos no enclave palestiniano.

PMC // SCA

By Impala News / Lusa

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