Nacionalista George Simion reconhece derrota nas presidenciais romenas

O candidato nacionalista às eleições presidenciais da Roménia, George Simion, reconheceu no domingo à noite a derrota e afirmou esperar o regresso “à democracia e ao bom senso na Europa e no mundo livre”.

Nacionalista George Simion reconhece derrota nas presidenciais romenas

“Perdemos a segunda volta aqui. Tive mais de cinco milhões de votos, o meu adversário [o europeísta Nicusor Dan] ganhou por mais um milhão de votos”, declarou George Simion, numa mensagem de vídeo em inglês nas redes sociais.

“Não podemos acusar uma manipulação significante dos votos”, afirmou o candidato, líder do partido de extrema-direita Aliança para a União dos Romenos (AUR, segunda força no parlamento romeno), que por diversas vezes invocou fraudes eleitorais, negadas pelas autoridades romenas.

Quando estavam apurados quase a totalidade dos votos (99,84%), Simion tinha 46,23% dos votos, cerca de 5,2 milhões de votos, contra o vencedor, o centrista Nicusor Dan, que recolhia 53,77%, correspondentes a 6,1 milhões de votos.

“Perdemos esta batalha, mas não perdemos nem nunca perdermos a nossa guerra”, garantiu Simion.

O candidato derrrotado prometeu: “Vamos continuar a representar o movimento soberanista, patriótico e conservador na Roménia. Vamos continuar a lutar juntamente com todos os soberanistas, patriotas e conservadores de todo o mundo pela liberdade, por Deus, pela família e pelos nossos ideais comuns”.

“Obrigada por estarem ao nosso lado, por estarem com a Roménia. Esperamos voltar à democracia e voltar ao bom senso aqui, na Europa e no mundo livre”, afirmou.

O nacionalista declarou ter sido “uma honra” representar este movimento na batalha presidencial.

A Roménia elegeu no domingo o Presidente da República num ambiente polarizado: o nacionalista George Simion, crítico da União Europeia e contra o apoio militar à Ucrânia, e Nicusor Dan, presidente da câmara de Bucareste, que declarou querer manter a Roménia no caminho pró-Ocidente.

As eleições presidenciais foram também marcadas pela polémica, depois de uma primeira volta ter sido anulada em dezembro passado pelo Tribunal Constitucional, numa decisão inédita, por suspeita de interferência russa, que teria beneficiado nas redes sociais, nomeadamente no TikTok, o candidato pró-russo Calin Georgescu.

JH // VAM

By Impala News / Lusa

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