Moscovici destaca progressos de Portugal mas diz que ainda há desafios para resolver

O comissário europeu dos Assuntos Económicos destacou em Lisboa os progressos de Portugal desde 2015, mas alertou que ainda há desafios por resolver.

Moscovici destaca progressos de Portugal mas diz que ainda há desafios para resolver

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, destacou esta quinta-feira em Lisboa os progressos de Portugal desde 2015, mas alertou para que ainda permanecem desafios por resolver e que o esforço de consolidação é para manter.

“É com prazer que vejo o quanto a situação aqui em Portugal mudou desde a minha primeira visita na primavera de 2015”, afirmou Pierre Moscovici, numa conferência de imprensa na Representação Portuguesa da Comissão Europeia, em Lisboa.

Ainda assim, o comissário europeu alertou para que “permanecem desafios para resolver”, sobretudo no que diz respeito à elevada dívida pública e ao peso do crédito malparado na banca, e defendeu que “os esforços que permitiram alcançar estes resultados [positivos] devem ser mantidos”.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade, avançada pelo primeiro-ministro, António Costa, esta semana de o défice orçamental português ficar abaixo dos 1,4%, Pierre Moscovici admitiu que isso é possível.

“Ele também me disse isso e normalmente quando o diz está a falar a sério. Veremos os números na primavera. Os indicadores para Portugal têm sido melhores do que as previsões. E é por isso que eu espero que não tenhamos uma divergência, por isso, sim, é possível,” , afirmou.

Apesar do otimismo, no final de novembro, a Comissão Europeia voltou a colocar Portugal no grupo de países cujo orçamento está “em risco de incumprimento” das regras europeias, por se considerar que os progressos realizados a nível estrutural no cumprimento das recomendações que lhe tinham sido feitas foi limitado.

“Sim, pedimos um pouco mais, especialmente a nível estrutural”, respondeu o comissário aos jornalistas, mostrando-se otimista de que será possível também alcançar esses objetivos e reiterando que “não há nuvens negras” entre Bruxelas e Lisboa.

Questionado ainda sobre os riscos que existem sobre a economia portuguesa, Moscovici admitiu que “há sempre riscos”, defendendo por isso que é necessário fazer mudanças estruturais na economia, ao nível do investimento, inovação e formação.

 

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