EXCLUSIVO | Luís Filipe Menezes em família: «Sou um polícia implacável da quarentena»

Ex-presidente do PDS Luís Filipe Menezes em entrevista exclusiva ao Portal de Notícias.

O ex-presidente do PDS Luís Filipe Menezes revela em exclusivo como tem enfrentado a quarentena voluntária com a família e analisa algumas das medidas tomadas pelo Governo para controlar a pandemia de Covid-19. Bastante crítico das atitudes de alguns portugueses e da falta de atuação do Governo nesta altura das nossas vidas, pelo menos em casa exerce policiamento eficaz sobre os seus.

Está a cumprir o período de quarentena com os seus familiares e alguns estão em grupos de risco…

Somos uma pequena grande comunidade unida e solidária de nove pessoas. Do ponto de vista etário e clínico somos três pessoas de maior risco, com mais de 80 anos, dois somos etariamente “border line” e temos crianças e adolescentes. Por isso somos drasticamente cuidadosos.

Como conseguem gerir o tempo com idosos e crianças em casa?

Com tudo que uma comunidade deve ter. Rotinas, disciplina, diversão, exercício e, até horas de isolamento, para evitar o stress do ajuntamento forçado. Também contactamos amigos e familiares que não estão connosco. Ou seja, uma vivência equilibrada como se fosse lá fora.

O Afonso ainda é muito pequeno. Como lhe explica o que se está a passar?

Ainda não entende, mas como adora “ir à rua” e barafusta contra a porta de casa! No entanto, talvez seja o mais adaptado. Todos lhe dedicam algum tempo, vê filmes na TV e nos telemóveis, brinca e obriga-me a brincar com a sua panóplia de carrinhos de toda a espécie. À tarde vai fazer a ginástica de recuperação com o avô, que está a fazer a recuperação de uma operação à anca.

Para além de marido, filho e pai é também médico? O facto de ser profissional de saúde torna-o mais ou menos receoso?

Mais consciente, mais responsável, mais atento. Fico perplexo com as certezas de analistas que passam pelas TVS a darem certezas, onde só existem dúvidas. Como falo com muitos colegas estou informado ao minuto e por isso sou um polícia implacável da quarentena. Por agora a nossa única boia de salvação.

Do que sente mais falta neste período de quarentena?

Das atividades profissionais que ainda vou desenvolvendo, da prática desportiva, de um bom jogo de futebol, mas principalmente dos passeios na cidade com a minha mulher e o meu filho mais pequeno.

Como gere as saudades dos seus filhos mais velhos e netos?

A nossa vida do quotidiano no nosso tempo já nos obriga a afastamentos que temos de gerir. Da família e dos amigos. É uma espécie de treino civilizacional para uma situação que nunca imaginamos acontecer.

Tem sido duro nas críticas a algumas decisões do Governo. O que não está a ser feito e onde se errou?

Não é altura para críticas violentas a ninguém. Mas, para não falar do passado recente, não entendo a situação em que se deixam muito indefesos os principais soldados desta batalha, os técnicos de saúde, uma política minimalista na realização de testes – o que seria necessário para gerir e não reagir à epidemia, também não entendo o laxismo no controle da entrada no País de magotes de portugueses e estrangeiros que não são obrigados a quarentena coerciva. Penso que António Costa, malgré tout, tem sido o único a transmitir confiança ao País.

A zona Norte apresenta mais casos de Covid-19. O que poderá justificar essa realidade?

O facto de ser uma região com trocas empresariais muito intensas com o foco inicial da crise, o Norte de Itália, e ser um pouco mais envelhecida que a região de Lisboa e Vale do Tejo.

Texto: Cynthia Valente | WiN Porto; Fotos: Arquivo pessoal

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