Livre reitera que não há entendimentos com a direita em matérias centrais à governação

O porta-voz do Livre Rui Tavares excluiu hoje a possibilidade de entendimentos com a direita em matérias centrais à governação, mas mostrou-se aberto ao diálogo em áreas que identifiquem e isolem ameaças à democracia.

Livre reitera que não há entendimentos com a direita em matérias centrais à governação

“Vou reiterar o que digo desde o início desta campanha e que o Livre tem dito sempre: o Livre, se houver uma maioria à esquerda, é parte da solução, se houver uma maioria à direita, é parte da oposição”, salientou Rui Tavares, à margem de uma visita à Universidade do Algarve, em Faro, integrada na campanha para as eleições legislativas de 10 de março.

O porta-voz do Livre frisou que, nas “matérias centrais à governação”, como política económica, política social, Serviço Nacional de Saúde, fiscalidade e escola pública, há “uma distância enorme em relação à direita”.

“Respeitamos democraticamente a direita, mas a nossa visão é muito diferente e, portanto, não pode haver entendimentos nessa área”, declarou.

A esquerda deve ter, acrescentou, “a capacidade de ter um diálogo com o centro e com a direita democrática em questões que têm a ver com a ‘saúde’ da nossa democracia”.

Essas questões passam pela instituição de um círculo de compensação nacional nas eleições legislativas, pelo combate à corrupção e pela reforma da justiça, explicitou.

“Nessas matérias, todos os democratas devem entender-se para precisamente identificar e isolar ameaças à democracia, que vêm da extrema-direita”, avisou.

Rui Tavares sublinhou que “não deve haver nenhum mal-entendido acerca da posição do Livre e, acima de tudo, não deve haver nenhuma interpretação de que essa posição tenha mudado”.

“Às vezes, pode haver quem tenha vontade em interpretar de uma maneira a que, no quadro do jogo político, isso favoreça determinadas tresleituras. Mas que, de nenhuma forma, são legitimadas pelo que tem sido a nossa história, pelo que tem sido a nossa posição, posição essa que não mudou”, vincou.

 Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

 

EYP // JPS

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS